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Enviada em: 28/03/2018

Reeducação Consciente       Nos últimos anos, colesterol elevado e hipertensão em crianças e adolescentes têm preocupado o poder público. Nesse contexto, a obesidade infantil é considerada o principal fator no surgimento precoce dessas patologias. Dessa forma, a participação consciente dos pais na alimentação dos filhos e as consequências do sobrepeso na infância são debatidas pela sociedade.        De acordo com pesquisa feita pela FUNED, Fundação Ezequiel Dias, 73% dos pais de Belo Horizonte não seguem uma rotina alimentar com os filhos. Ainda, 61% não acham necessário que as crianças precisam seguir alguma dieta, salvo em casos de patologia preexistente. Assim, o posicionamento dos pais em relação a alimentação infantil contribui para o desenvolvimento de doenças nos próprios filhos.       Contudo, não é possível imputar a responsabilidade do crescimento de enfermidades infantis, como as cardiopatias, somente à família, pois o surgimento de uma doença é uma consequência multifatorial. Segundo a doutora Dayana Fernandes, pesquisadora da FUNED, a hereditariedade é outro motivo que contribui para o desenvolvimento daquelas doenças.       Além disso, um outro aspecto sobre a ser analisado sobre a obesidade infantil é o bullying. Segundo Ana Flávia Kratz, especialista em psicologia infantil, 88% dos constrangimentos sofridos na escola é relacionado ao sobrepeso da criança. Desse modo, fica evidente que a obesidade é um fator preponderante na discriminação infantil.       Em suma, medidas devem ser tomadas para combater obesidade infantil e bullying. Para isso, é necessário que o Ministério da Saúde estabeleça uma diretriz para conscientizar os pais sobre a importância da alimentação saudável na infância. Ainda, cabe aos órgãos policiais e ao Juizado da Infância e Juventude fiscalizarem condutas agressivas ocorridas no espaço escolar. Dessa forma, esses esforços em conjunto levarão a sociedade a reverter esse quadro de saúde pública.