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Enviada em: 30/03/2018

A obesidade infantil vem se tornando, cada vez mais, um problema de saúde pública que acarreta consequências terríveis no futuro da criança e do país e, por isso, necessita de medidas urgentes para corrigir falhas em três dos pilares da saúde: na prática de exercícios físicos, na alimentação saudável e no sono de qualidade, cujos distúrbios são as raízes do problema.     Segundo a Organização Mundial de Saúde, a prática de exercícios físicos regulares é a principal forma de controle da Síndrome Metabólica, que é um conjunto de doenças relacionadas à obesidade, entre elas a diabetes e a hipertensão. Logo, o controle do peso de uma criança depende da prática de atividades físicas, inclusive as brincadeiras, no entanto, a violência urbana diminuiu a liberdade das antigas atividades na rua e as substituiu pelos hábitos de assistir à televisão, navegar na internet e jogar videogame. Além do sedentarismo em casa, o Ministério da Educação reduziu o horário destinado à educação física para que coubessem outras atividades acadêmicas, diminuindo, então, a possibilidade de atuação da escola na manutenção do peso dos alunos.      Já na abrangência da alimentação, o apelo ao consumo de "fast foods", por meio das propagandas comerciais, é o fator impulsionador do alto gasto calórico que causa a obesidade infantil, em razão da quantidade de horas que a criança de hoje fica em frente à TV. Com o fim de aumentar as vendas, as empresas investem em produtos alimentícios esteticamente atrativos, porém pobres no aspecto nutricional, conseguindo, assim, atingir o objetivo devido ao enorme número de crianças espectadoras de programas infantis e vídeos de internet.      Não bastantes os danos causados aos hábitos da prática de exercícios físicos e da alimentação, o excesso de atividade intelectual imposta às crianças pela escola e pelos pais, para que se tornem adultos bem-sucedidos, consome o máximo de tempo possível, acarretando dificuldades em se estabelecer um sono adequado em número de horas e em qualidade. Ademais, a quantidade de luz proporcionada pelo excesso de tecnologia hodierna altera os horários de sono, fazendo com que crianças atrasem seu horário de ir dormir.      Diante do exposto, é possível observar que as medidas necessárias para solucionar o problema iniciam-se em casa, onde é imperativo que os pais reduzam o contato excessivo dos filhos com a tecnologia, e continuam na escola, logo, o Ministério da Educação, visando um maior incentivo aos exercícios físicos, deve implementar mais horas de educação físicas nesse local. Por fim, o Ministério da Saúde deve controlar propagandas comerciais apelativas, por meio de legislações mais rigorosas, para que se reduzam o consumo inadequado de alimentos altamente calóricos e de baixa qualidade.