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Enviada em: 27/03/2018

Na obra “Modernidade Líquida”, do sociólogo Zygmunt Bauman, o mundo moderno é caracterizado como um conjunto de aceleradas e fluidas relações sociais. Para acompanhar esse ritmo frenético da sociedade contemporânea, a alimentação foi negligenciada e a obesidade tornou-se um grande problema, acometendo principalmente, as crianças.  Tal fato relaciona-se a hábitos alimentares desregrados da família, ao sedentarismo e ao consumo dos chamados "fast foods" e industrializados. Nesse contexto, há dois fatores que não podem ser negligenciados: a falta de consciência de muitas famílias por permitirem que a criança chegue ao estágio da obesidade e a ausência de conhecimento dos pais sobre os alimentos que os filhos ingerem no dia a dia.                            Segundo o doutor Dráuzio Varella, gestantes que cuidam da alimentação correm riscos 80% menores de ter filhos obesos. Entretanto, o aumento do percentual de crianças obesas confirmam que as mães não regram o que comem, fato esse devido a falta de informação nos meios públicos, como jornais e mídias sociais, seguida do apoio histórico, visto que mulheres durante a gestação tendem a pensar que necessitam de quantidades absurdas de comida. Outrossim, tem-se os interesses financeiros da indústria alimentícia, pois conforme preconizado por Marx, em um mundo capitalizado, a busca pelo lucro ultrapassa valores éticos e morais. Nesse sentido, as grande empresas alimentícias e de "fast foods" vendem a imagem dos seus produtos atrelados à felicidade e à realização pessoal, quando na verdade, essas mercadorias são responsáveis pela degradação da saúde do consumidor                         Acresce-se a isso a falta de incentivo a prática de esportes, que visam a melhoria da saúde e consequentemente, minimizam a obesidade. Na era da internet e da computação, tornou-se comum crianças e adolescentes se divertirem parados, com celulares e jogos onlines, tal fato contribui para o aparecimento da obesidade,  juntamente com doenças, como diabetes, hipertensão e colesterol alto, que podem persistir por toda a vida reduzindo drasticamente a qualidade e a expectativa de vida.                     Consoante ao mencionado, cabe à Receita Federal destinar uma parcela dos impostos de renda para a criação de programas, com o  Pré Natal, com o intuito de acompanhar a alimentação da gestante, por intermédio de nutricionistas, visando o equilíbrio alimentar. Além disso, o Ministério da Educação deve propor mais aulas de Educação Física, a fim de estimular a criança na prática de esportes desde o Ensino Fundamental. Ademais, cabe ao Governo, por intermédio dos órgãos responsáveis, regular as propagandas alimentícias que circulam no país e deve contar com a aprovação de leis que obriguem as indústrias a informar ao público os riscos recorrentes do consumo excessivo de seus produtos. Dessa forma, será possível minimizar a obesidade infantil.