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Enviada em: 29/03/2018

Praticidade ou crianças saudáveis?    Fast Food. Refrigerante. Biscoito. Essa é a base alimentar das crianças na atualidade. A liquidez da sociedade, como descreve Bauman, exige cada vez mais praticidade nas ações e não é diferente na hora de comer. Essa fluidez fez aumentar crescentemente o número da obesidade infantil no Brasil, pois, com pais cada vez mais ocupados e crianças sedentárias os alimentos práticos consumidos são gordurosos e de má qualidade.    Segundo o sociólogo Talcott Parsons, a família é uma máquina que produz humanos. Dessa maneira, a alimentação das crianças é resultado da educação dos pais que começa a partir dos seis meses de nascimento, quando os bebês largam o leite materno para explorar os novos sabores. Para que a criança cresça saudável é preciso uma dieta rica em proteínas e carboidratos. No entanto, com a correria na vida dos pais, a alimentação infantil ficou por conta de comidas prontas e práticas que não possuem os nutrientes necessários e são ricas em lipídios, ocasionando a obesidade infantil.     Convém salientar que, além da ingestão de alimentos gordurosos e de má qualidade, outro fator que influencia no sobrepeso infantil é o sedentarismo. Cada vez mais alienadas aos celulares e televisões,  as crianças largaram as brincadeiras de rua - em que corriam e queimavam gorduras- para ficarem sentadas. Essa falta de exercício físico juntamente com a má alimentação gera um quadro de obesidade que tende a ocasionar doenças cardiovasculares e diabetes.     Portanto, é notório que a obesidade infantil decorre da necessidade de praticidade que leva a ingestão de alimentos gordurosos. Por isso, o Ministério da Saúde em parceria com a família deve investir em reeducação alimentar por meio de campanhas e projetos, que difundam essa ideia em ambientes como escolas, em que há presença frequente de crianças. A fim de reduzir os casos de sobrepeso, essas medidas também influenciarão em futuros adultos saudáveis.