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Enviada em: 01/04/2018

A obesidade infantil tornou-se uma pandemia. Essa doença resulta de propensões genéticas e fatores externos como a má alimentação e o sedentarismo. No Brasil, o número de crianças obesas e com tendência à outras doenças resultantes do excesso de peso têm crescido substancialmente, o que comprova a gravidade do problema e, com efeito, exige um diálogo entre pais, escolas e Estado para combater tal patologia no país.     Em primeiro plano, vale salientar que vivemos na sociedade do consumo. De acordo com o sociólogo Zygmunt Bauman, a modernidade líquida trouxe consigo a necessidade de consumir. Nesse sentido, muitas empresas tiram vantagem disso e exercem uma comunicação mercadológica, principalmente de alimentos, às crianças. Em consequência, há um aumento na alimentação inadequada dos infantes, que passam a ingerir alimentos processados em excesso, que são ricos em calorias e pobres em nutrientes. No entanto, não há nenhuma ação repudiadora dos pais, que consentem com tal consumo e deixam de orientar seus filhos sobre a gravidade de uma alimentação desregrada e prejudicial.       De outra parte, o sedentarismo acomete à maioria das crianças obesas brasileiras. Cabe ressaltar que não há muitos incentivos em casa e nas escolas para a prática de atividades físicas, restringindo o público infantil de brincadeiras e esportes que requerem esforço físico, como pega-pega, queimada e futebol. Esse problema também assume contornos específicos na pediatria, uma vez que outras patologias consequentes da obesidade, como a depressão, doenças cardiovasculares e ortopédicas e mortalidade precoce têm ganhado destaque no cenário nacional. Dessa forma, um caminho possível para combater a adiposidade nas crianças é encorajar a prática das atividades físicas e desconstruir o sedentarismo.        Urge, portanto, que os pais incentivem seus filhos a terem uma alimentação saudável, regulando o consumo de alimentos processados e o acesso a propagandas maliciosas, além de lhes oferecerem produtos naturais e livres de aditivos químicos desde cedo. Cabe ao Estado disponibilizar nutricionistas nas escolas - que são essenciais no processo da educação alimentar das crianças - por meio de contratações e visitas mensais, visando uma adequação no cardápio proporcionado às elas para que tenham uma alimentação saudável e rica em nutrientes. A todos, por sua vez, compete o estímulo a todos os infantes para que pratiquem atividades físicas e tenham uma vida livre do sedentarismo. Assim observada a ação conjunta entre pais, escolas e Estado, a obesidade será combatida e deixará de ser uma pandemia no Brasil e no mundo.