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Enviada em: 28/03/2018

O famoso filme "Tá chovendo Hambúrguer" retrata um grupo de personagens envolvidos numa catastrófica chuva de hambúrgueres, efeito que surgiu a partir da invenção de um cientista que buscava alternativa para a felicidade das pessoas. Fora da telas, de forma indireta, as redes de "fast-food" são encarregadas no objetivo de trazer essa alegria, entretanto, o consumo desse sistema é uma das causas da obesidade infantil. Dessa forma, sabe-se que o crescente número de crianças acima do peso se deve da agravante cultura do consumo e da falta de incentivo à prática de atividade física. Assim, medidas solucionadoras devem ser tomadas, a fim de livrar a população desse impasse social.    Em primeira análise, as crianças no mundo pós-moderno são extremamente compulsivas com a comida. Isso decorre da década de 40, quando Maurice e Richard McDonald aplicaram as ideias do fordismo -linha de produção- à alimentação. A sociedade, então, incorporou o consumo de alimentos gordurosos e industrializados, com alto teor de açúcar e sal, repassando tal mudança para os seus descendentes. Exemplo disso foi relatado em uma pesquisa da Unifesp, em que 55% dos bebês brasileiros tomam refrigerante frequentemente antes do primeiro ano de vida. Por consequência, além da obesidade em questão, essa alienação consumista propicia o aparecimento de doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, além de distúrbios mentais e baixa na autoestima.   Além disso, nota-se que a ausência de incentivo à prática de esportes se constitui como um grande desafio. Isso acontece porque, na era da internet e da computação, tornou-se comum crianças e adolescentes se divertirem parados, com jogos online. Tal conjuntura demonstra que a queima calórica submergiu, tornando o excesso de peso algo frequente na juventude. Segundo dados do Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional, aproximadamente 8% das crianças entre 0 e 5 anos são consideradas obesas no Brasil. Assim, a falta de exercícios coloca em xeque a qualidade de vida e torna-se fator determinante para o desenvolvimento ideal.   Torna-se necessário, portanto, a adoção de medidas que visem a superação da obesidade infantil. Para tanto, o Poder Público deve, por meio das secretarias de saúde, realizar palestras gratuitas, para pais e filhos, sobre educação nutricional concomitante com práticas recreativas em relação a rotulagem e publicidade dos alimentos, a fim de instruir a população sobre os efeitos nocivos de uma alimentação inadequada, principalmente durante a infância. Ademais, o Ministério da Educação, em parceria com as escolas, deve incentivar a prática de esportes por meio de torneios escolares. Tal ação terá a função primordial de desenvolver uma atividade mais prazerosa instigando a participação de crianças e jovens, com o intuito de atenuar o sobrepeso nessas faixas etárias.