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Enviada em: 28/03/2018

Ao se fazer uma análise sociológica da obesidade infantil em questão no Brasil,  pautada nos estudos de Max Weber, percebe-se que essa problemática ocorre devido a um contexto social deturpado e incoerente, de modo que o autor afirma que todo impasse social ocorre devido a uma situação, propondo, então, uma análise que se esvai do senso comum.Diante disso, pode-se inferir que esse problema ocorre por causa de uma cultura de negação aos padrões de vida saudáveis que é decorrente de uma influência conjunta da família e da escola e tem agravante na cultura do consumo difundida pela mídia.Todavia, tal problemática deve ser entendida como questão de saúde pública com graves consequências físicas, sociais e mentais aos pequenos.É notório, portanto, que uma real atenuação dessa questão deve partir de alterações significativas na mentalidade da população e em seus preceitos culturais.     É importante destacar, a princípio, os principais fatores causais que influenciam nessa lamentável questão.Em consequência, principalmente, da globalização e da revolução industrial, a população passou a ter uma vida mais ativa e, por causa disso, mudou seus hábitos alimentares, de modo que isso foi imposto aos pequenos como exemplo de vida e, aliado à falta de incentivo à prática de atividade física e o advento e expansão da tecnologia que proporcionou um aumento no sedentarismo da população no geral e, consequentemente, das crianças, corroborou com um aumento nos índices de obesidade infantil no país.     Outrossim, é valido salientar que, através da influência da mídia e da industria cultural questionada pelos estudiosos da escola de Frankfurt, as crianças são inseridas num contexto de alienação consumista por meio da publicidade abusiva que incentiva o consumo de alimentos calóricos e de baixo valor nutricional.Uma vez que esse cenário, aliado aos fatores causais supracitados, acarretam em uma série de consequências danosas aos pequenos que vão além da obesidade em questão, pois propiciam o aparecimento de doenças crônicas que afetam todo o organismo, além de distúrbios mentais e baixa na auto-estima entre outras questões sociais que afetam a criança.      Diante disso, portanto, mostra-se essencial a adoção de medidas que visem à superação do paradigma supracitado. Tais medidas devem partir da promoção de uma reeducação alimentar que deve partir da parceria entre família e escola, além do incentivo à pratica esportiva nas escolas dentro e fora do horário letivo, de modo que, aliado à campanhas de conscientização por meio de palestras com profissionais da saúde e campanhas de incentivo nos meios midiáticos, além de uma regulamentação publicitária, possa contribuir com uma atenuação da questão da obesidade infantil na sociedade brasileira.