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Enviada em: 01/04/2018

Segundo Guy Debord, a liberdade de escolha PE uma ilusão, pois escolher é sempre optar entre uma ou dois produtos prontos, ou seja, produtos predeterminados pela indústria. No mundo globalizado, porém, a concepção de consumo é colocada em pedestal, haja vista que o modelo consumista e alimentício industrial ganham destaque hodiernamente, ocasionando problema como obesidades e conseqüências cardiovasculares- especialmente em crianças e jovens. Tal fato decorre da manipulação midiática e uma negligência na educação familiar e escolar.   Em primeira instância, é perceptível a influência de comportamentos das redes e canais informáticos no indivíduo. De acordo com P.Bourdiu, a mídia impõe um forte poder de coercitividade e integração de valores/modos na sociedade civil, de maneira que a haja uma padronização e subjugação de condutas nessa comunidade. Nesse viés, a obesidade é uma conseqüência dos novos padrões de alimentação e aumento de renda no contexto capitalista, resultando uma crescente influência de empresas industriais- Fast Food- e uma alta ingestão calórica nos alimentos. Com ênfase, a manipulação de produtos chamativos- cor de advertência- é ressaltada pela indústria/mídia, com brindes e embalagens decorativas, fomentando o modelo de consumo e obesidade em crianças. Destarte, é básico relacionar a problemática à conduta da mídia.    Além disso, uma educação familiar não é priorizada na esfera infantil. Posto isso, desde menoridade do indivíduo, pais, com menos tempo diário no lar, investem em alimentos processados e alto valor calórico, sendo fator propício ao exponencial da obesidade e seus multifatoriais. Ademais, uma fração significativa dos centros escolares, mecanizados com modelo voltado ao mercado de trabalho, carece de aulas e programadas educativos sobre conseqüências da obesidade no âmbito infantil, somando a uma educação física conteudista e não corpórea ludicamente. Desse modo, o ambiente familiar e educacional torna-se próspero para mazela da saúde no país.   Dessarte, infere-se que a globalização dinamizou comportamentos e padrões alimentares, causando sérios problemas para saúde na sociedade. É mister que o Legislativo crie uma lei que regule a manipulação do consumo pela mídia, sobretudo àquelas destinadas às crianças, aliado ao Judiciário, punindo os infratores que desrespeite a norma, desestimulando condutas semelhantes. Ademais, ao Ministério da Educação e Saúde, é elementar programas destinados aos institutos escolares, com trabalho e infográficos feitos pelo aluno sobre conseqüências da obesidade na juventude, mediante uma orientação de nutrólogos aos centros educativos e palestras aos pais e alunos sobre cuidados e prevenções da obesidade, visando um novo padrão consciente e saudável em sociedade.