Materiais:
Enviada em: 01/04/2018

Hipócrates, há aproximadamente 2500 anos atrás, já defendia a importância de equilibrar uma vida saudável com a prática de atividades físicas para a homeostase do organismo. No entanto, com o surgimento das novas tecnologias e o aumento do poder de compra das pessoas, essa ideia acabou caindo ao esquecimento. Surge a partir daí um problema extremamente sério e considerado por muitos especialistas como uma pandemia, a obesidade infantil. Nesse contexto, cabe analisar a influência da família na introdução de bons hábitos alimentares nas crianças, bem como o valor da escola como fonte disseminadora de conhecimento.   Primeiramente, um dos fatores ligados à obesidade na infância, é a influência da família na alimentação. Mesmo o problema sendo recorrente na sociedade, muito pouco se discute sobre o assunto nos diálogos familiares, pois o padrão atual da família é outro entrave. A comprovação disso se põe na rotina dos membros. Com o trabalho excessivo, o tempo passa a ser o grande "divisor de águas" entre preparar uma refeição saudável  e comprar um lanche pronto, por exemplo. Nesse sentido, as próprias crianças passam a reproduzir esse hábitos e acabam ingerindo alimentos industrializados em excesso. Em consequência disso, está o surgimento de diversas doenças, tais como diabetes, colesterol avançado, cardiovasculares e até mesmo psicológicas.       Além disso, somado à influência das famílias, está o papel da escola como fonte geradora de conhecimento. É preciso lembrar que as instituições de ensino são fundamentais na discussão desses temas. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), é recomendado pelo menos 300 minutos de atividades físicas por semana tanto para adultos, quanto crianças. Entretanto, o desconhecimento dessas recomendações é visível quando as aulas de Educação Física, por exemplo, não conseguem suprir essa necessidade. Por outro lado, a televisão também é uma das grandes influenciadoras, pois as propagandas das empresas alimentícias acabam alienando o público jovem e, com isso, contribuem para o avanço nos casos de obesidade infantil.       Fica evidente, portanto, a necessidade de medidas para resolver esse impasse. A primeira delas, deve partir da própria família e o dever de realizar um planejamento alimentar semanal. Uma boa ideia é cozinhar as refeições e armazená-las no congelador, para evitar comprar algum alimento com excesso de calorias. Já a segunda, é de responsabilidade da escola em propor palestras extracurriculares, em parcerias com Postos de Saúde, relatando a importância de uma boa alimentação para a construção de uma vida saudável no futuro. Com tais medidas, a obesidade infantil passa a sofrer um déficit e a homeostase do organismo, defendida por Hipócrates, seja estabelecida.