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Enviada em: 29/03/2018

A Revolução Industrial, ocorrida a partir do século XVIII, trouxe mudanças significativas para a sociedade, entre elas, o maior acesso aos alimentos industrializados. Hoje, no Brasil, o consumo exacerbado desses produtos alimentícios culminaram na obesidade, problema de saúde pública, que cresce principalmente entre as crianças e traz consequências inimagináveis. Nesse contexto, há dois fatores que devem ser levados em consideração: os impactos da publicidade e os danos psicológicos para a infância.                  Em uma primeira análise, é válido salientar o crescimento alarmante da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde, 41 milhões de crianças com menos de 5 anos estão obesas ou acima do peso. Tal situação decorre, entre outros aspectos, das diversas estratégias de "marketing" utilizadas pelas empresas, como por exemplo, as de "fast food" (comida rápida) que associam brinquedos presentes no cotidiano infantil aos alimentos oferecidos, geralmente com alto teor calórico e pouco valor nutricional, para estimular o consumo. Segundo dados veiculados pela Globo News, 134% do sobrepeso aumenta quando os cidadãos são expostos à publicidade. Dessa forma, como os pequenos não possuem discernimento para lidar com as propagandas, é impreterível um maior controle dos governantes sobre elas.                     Outro fator a ser considerado representa os prejuízos psicológicos causados pelo excesso de peso. Comumente, em uma sociedade onde ser magro é sinônimo de saúde e beleza, tais crianças, apresentam um distúrbio de identidade e ficam mais vulneráveis, essencialmente quando são alvos da estigmatização social. Para o sociólogo francês Émile Durkheim, o meio em que o homem vive influencia-o diretamente, desse modo, as dificuldades de inserção e de emagrecer podem acarretar em problemas mais graves como a baixa auto estima, ansiedade e depressão, sendo indubitável a atuação de psicólogos  na manutenção da obesidade e bem estar do indivíduo.                      A fim de que diminua a ocorrência de obesidade infantil, portanto, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária deve fiscalizar com mais eficácia o conteúdo das propagandas, principalmente as que se destinam às crianças, com a aplicação de multas e censura às empresas que utilizarem da ingenuidade infantil para a venda de seus produtos, no intuito de que os pequenos não sofram influência da publicidade e a taxa de sobrepeso diminua. Soma-se a isso, a atuação de pais e psicólogos no combate à doença, principalmente com o apoio e oferecimento de um melhor bem estar, seja em conversas ou na alimentação, para que eles se sintam aceitos e consigam superar esse mal.