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Enviada em: 30/03/2018

O advento da globalização e da tecnologia proporcionou à sociedade diversos benefícios, entre eles a comodidade e a praticidade. Contudo, essas novidades influenciam negativamente no comportamento e nos hábitos alimentares das crianças, fazendo com que a obesidade cresça, tornando-a uma problemática para a saúde pública a ser atenuada.        Atualmente a obesidade intensificou-se, principalmente entre os jovens e crianças, devido à enorme influencia que as mídias e as propagandas possuem no que tange ao comportamento alimentar das crianças. As empresas de fast food cresceram substancialmente nas últimas décadas, a praticidade e sabor das suas refeições atrai bastante o público infantil, tonando comum o consumo desses alimentos por eles e, por conseguinte, contribuindo para o aumento da obesidade infantil. Visto que de acordo com a Organização Mundial da Saúde 5% das crianças brasileiras são obesas e 15% estão acima do peso.            Além disso, o uso das tecnologias pelo público infantil vem substituindo a prática da atividade física, maus hábitos como esse, aliado a uma alimentação inadequada, contribui para uma vida mais sedentária e para o crescimento da obesidade. Com isso, o aparecimento precoce de doenças como diabetes, hipertensão e cardiopatias tornou-se realidade devido o aumento da obesidade na infância. Ademais, a obesidade infantil também possui consequências sociais e psicológicas, devido o bullying que a criança pode sofrer na escola e na sociedade.        Urge, portanto, que a sociedade e as instituições públicas cooperem para mitigar a obesidade infantil. O Ministério da Educação deve incluir na grade curricular do Ensino médio a Educação Alimentar e Saúde como matéria obrigatória, possibilitando um maior debate em palestras e campanhas educativas sobre o tema junto à família, visto que a sua participação é essencial para que certos hábitos e comportamentos alimentares sejam atenuados. Dessa maneira, a re-educação alimentar possibilitará a diminuição da obesidade e uma melhora na qualidade de vida das crianças, o que afirma a máxima de Paulo Freire “Se a educação sozinha não transforma a sociedade, tampouco a sociedade muda”.