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Enviada em: 23/05/2018

Ao analisar a saúde na infância dos últimos anos, reconhece-se que a obesidade infantil é uma ameça real a qualidade de vida de muitas crianças brasileiras. Segundo o Ministério da Saúde, uma em cada três crianças brasileiras entre 5 e 9 anos de idade está com excesso de peso. Em virtude desse quadro, foi necessário o combate ao distúrbio. No entanto, este tem apresentado alguns desafios a serem superados. Dentre alguns, vale ressaltar as propagandas abusivas de alimentos feitas para crianças e a reeducação alimentar dificultosa pelo mau exemplo dos mais próximos.      De fato, como as crianças ainda estão na fase de amadurecimento das suas escolhas, os anúncios de grandes empresas de alimentos acabam por sugerir e decidir por elas. Isso porque a propaganda mascara os riscos de consumo dos seus produtos, ao exaltar outras características como o sabor, a consistência, a coloração, entre outros. Dessa maneira, não é exposto ao consumidor os excessos de gordura, açúcar ou colesterol, por exemplo. Por conseguinte, a imaturidade do jovem faz com que ele seja atraído pela aparência da mercadoria sem conhecer os danos de sua ingestão, de forma que um consumo exagerado desta, poderá torná-lo numa pessoa obesa.      Além disso, outro contribuinte para esse cenário é o mau exemplo de nutrição dos mais próximos às crianças, uma vez que elas aprendem, primeiramente, a se alimentar com seus responsáveis. Isso quer dizer que muitos pais, ou aqueles que assumem esse papel, não têm reparado o quanto seu exemplo também afeta as escolhas dos seus filhos. De forma que é difícil explicar para eles os benefícios do consumo de folhas verdes, enquanto se está ingerindo uma batata frita, por exemplo.      Portanto, a fim de vencer esses desafios no combate à obesidade infantil, os pais devem ser orientados a regular suas refeições juntamente com as das suas crianças, já que não adianta tentar modificar o estilo de vida delas sem que sejam inspiradas por eles. Para que isso seja possível, a Sociedade Brasileira de Pediatria pode investir em campanhas nas quais os pediatras instruam os pais sobre a questão. Ademais, a ANVISA, responsável por regular as propagandas de alimentos para crianças, devem reforçar a fiscalização e punir as empresas que não alertam aos seus consumidores os possíveis riscos do consumo de determinados produtos. Dessa maneira, as crianças estarão mais bem prevenidas quanto à obesidade.