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Enviada em: 27/04/2018

Ao longo da história, barreiras foram construídas para a proteção de povos, como o Muro de Berlim, durante a Guerra Fria e a Muralha da Cina.No panorama contemporâneo, analogamente, tais barreiras ocupam espaço por meio de grades, cercas e muros nas moradias devido à calamitosa situação da segurança publica no Brasil, que encontra a precariedade do sistema prisional e a desigualdade social como desafios.       No livro Memórias do Cárcere, Graciliano Ramos relata os maus tratos e as péssimas condições a qual foi submetido em um presídio durante a ditadura.Após décadas, ainda que de forma menos opressiva, a situação do sistema carcerário encontra-se decadente graças à superlotação e a falta de recursos.Nesse ínterim, a apreensão de infratores torna-se uma media apenas de caráter paliativo, haja vista que, a ressocialização dos indivíduos é ineficiente, o que corrobora para mais atos transgressores e sua continuidade, piorando o de segurança pública vigente.      Sob outro ângulo, é possível avaliar a resiliência da mazela pelas esferas política e social, ao analisar as periferias e favelas como principais alvos da violência. Nesse âmbito, a desigualdade social e a carência de políticas públicas, não raro, induz o sujeito a buscar na criminalidade alternativas de sobrevivência, gerando um ciclo que coloca a sociedade indefesa mediante à insegurança. Outrossim, de modo determinista, adicionam-se aos fatores supracitados caracteres inatos, logo atemporais e tendentes à permanência.      O sistema penitenciário falho e a desigualdade social são, portanto, impasses para a segurança no país. Infere-se que o Poder Executivo promova a construção de novos presídios e conceda recursos para que a ressocialização seja efetiva. Ademais, o Poder Legislativos deveria investir em políticas públicas, principalmente em educação de crianças e jovens, para que, destarte, as pessoas vejam novos horizontes além dos muros criados pelo mundo do crime.