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Enviada em: 30/04/2018

Levando as políticas de segurança à sério       Sabe-se que os dados sobre violência em diversas regiões brasileiras apresentam índices preocupantes. Nesse contexto, os desafios do sistema de segurança pública no Brasil são complexos e demandam planejamento e propostas não somente no âmbito político, mas também no social.       Observa-se que as demandas exigidas do poder político para resolver problemas que a todos atingem são extensas, todavia pouco se fez até agora para identificar as causas da violência e propor soluções definitivas. De fato, os políticos eleitos são pouco representativos da sociedade brasileira, tão diversa e rica culturalmente. Tudo isso gera dificuldades em debater a aprovar projetos que dialoguem com os mais variados setores sociais na busca por soluções conjuntas e duradouras para a violência.       Outro desafio da segurança pública está relacionado à questão social. Com efeito, o Brasil está entre os dez países mais desiguais do mundo segundo relatório da ONU divulgado em 2017. Basta observar as localidades mais pobres das grandes cidades para se ter ideia da dimensão do problema, já que não há saneamento básico, saúde, educação, moradia e segurança de qualidade para seus moradores. Como consequência do descaso e da falta de serviços mínimos que garantam a dignidade das pessoas, surgem poderes paralelos ao Estado, as chamadas milícias, agravando ainda mais a dinâmica da violência.       Diante dos fatos discutidos, medidas devem ser tomadas para a superação da crise da segurança pública. Para isso, é necessário realizar uma reforma política que vise dar maior espaço no governo àqueles que são constantemente ignorados pelas políticas públicas. Além disso, o Governo, com a participação da Sociedade Civil, deve elaborar programas de redistribuição de renda associado à política de assistência à população vulnerável, além de um investimento nos órgãos de segurança e no treinamento de seus agentes no combate ao crime organizado, respeitando sempre os direitos civis e humanos consagrados no texto constitucional.