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Enviada em: 03/05/2018

Segundo Gandhi, o futuro depende do que fazemos no presente. Nesse sentido garantir combater a criminalidade agora, é fundamental para garantir a plena cidadania à posteriori. Contudo, no Brasil, a cultura de violência somada as atuais circunstâncias de crise institucional e financeira dificultam a solução desses problemas.        É importante pontuar, de início, que na leitura do intelectual brasileiro Leandro Karnal o Brasil é um país historicamente violento. A afirmação do professor se fundamenta em sus conhecimentos sobre a escravidão, sobre a guerra de canidos, a guerra dos farrapos a revolução constitucionalista de 1932 entre outros eventos, além das penas impostas a Tiradentes, Zumbi dos Palmares, Lampião e outros personagens históricos. Na atualidade, embora não hajam exemplos tão marcantes de violência institucionalizada, a tirania ainda se faz presente na sociedade, pelas mãos das milícias e do crime organizado, que roubam, matam, traficam e torturam rivais nas 27 unidades da federação.        É valido salientar, ainda, a relação de proporcionalidade direta entre a falta de perspectiva da população e o aumento dos índices de criminalidade. Como é retratado na obra "O Cortiço" de Aluísio Azevedo, a violência, e a criminalidade fazer parte do cotidiano das populações mais pobres. A omissão do Estado nos complexos sub-urbanos, a falta de escolas, de unidades de saúde básica e de autoridades do poder civil, deixa um vácuo de poder nessas localidades, cria um ambiente favorável à proliferação da barbárie, da lei do mais forte, da lei do crime.        Cabe, portanto, ao governo federal e ao terceiro setor, a tarefa de reverter esse quadro. O terceiro setor, composto por associações que buscam se organizar para lograr melhorias na sociedade, deve favorecer a inclusão social dos moradores das comunidades mais pobres, por meio do esporte, da arte e da profissionalização dos jovens menos favorecido. O Estado, por sua vez deve desarticular as milícias, inserindo e ampliando o poder policial nas regiões mais vulneráveis.