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Enviada em: 14/05/2018

Em fevereiro de 2018 começou a intervenção federal no Rio de Janeiro, que representa a mobilização de forças do exercito, um orgão da união, para gerir a segurança pública da cidade, função do estado e do município. Esse processo é um diagnóstico de como a segurança pública ocorre de maneira falha no Brasil em função, principalmente, da falibilidade da polícia e do sistema carcerário.   É fundamental destacar, previamente, que o funcionamento da polícia militar, principal responsável pela manutenção da ordem pública e prevenção de crimes, é incompatível com o momento atual da democracia brasileira. Isso ocorre pois a Inspetoria Geral da Policia Militar foi fundada no período da ditadura militar e desde então esse orgão não se desvencilhou do exercito.Tudo isso se torna problemático pois atualmente essa instituição tem um propósito diferente e deveria passar por novos treinamentos para consolidar uma conduta que prioriza a sociedade, e não a defesa do estado.   Além disso, outro fator agravante é a cultura punitivista do sistema carcerário brasileiro. Exemplo disso é o livro "Memórias do Cárcere" de Graciliano Ramos que na época do Estado Novo já relatava as péssimas condições dos presídios.Nos dias atuais, tal panorama reflete diretamente na questão da segurança pública uma vez que o infrator que não recebe condições para ascensão social se perpetua em uma situação de risco que pode o leva-lo de volta para a criminalidade.   É preciso, pois, que haja intervenções nesses cenários. A polícia militar precisa ser reformulada, o que pode ser feito com a aprovação do projeto que visa a desmilitarização dessa instituição, promovendo novos treinamentos mais humanitários e visando a pacificação, e não o conflito. Além disso o governo deve abrir o sistema carcerário para novas associações publico-privadas, mas com a escolha prévia de empresas que apresentem projetos de inovação na gestão dos presídios, visando a ressocialização dos detentos. Tudo isso deve amenizar a problemática.