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Enviada em: 10/06/2018

Sob aspectos do filósofo Hegel, o Estado é a forma mais elevada de agrupamento social, pois encerra, em si só, aos mais interesses individuais, os quais se submetem, no fim, ao interesse coletivo de segurança social. No Brasil, hodiernamente, nota-se um paradoxo estrutural do ‘’Estado Hegeliano’’, uma vez que os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário estão carcomidos, tendo seus efeitos em quadros de instabilidades em várias esferas, principalmente ao sistema de segurança do país. Tal quadro ocorre devido às desigualdades sociais de oportunidades e à formação deficiente governamental do país.      Numa primeira instância, são perceptíveis que bases estruturais falhas educacionais na formação dos cidadãos ratificam e fomentam crimes e práticas ilícitas. Nesse viés, segundo Platão, em uma sociedade em que não se valoriza os ideais educacionais, a polis tendo a se desintegrar naturalmente. Posto isto, com um sistema educacional de integração/inserção falhos,voltados na formação profissional, a rede de ensino carece de bases didáticas voltadas ao individuo, em que as oportunidades de ensino com qualidades são mínimas nesse quesito, acarretando uma evasão de jovens ao ócio e possíveis crimes, tendo a deficiência educacional como raiz na falha de segurança.      Além disso, é importante ressaltar as bases da fixação corrupta governamental do país como nutritivo caldo da débil segurança pública atual. Nesse contexto, do século XV ao XXI, as mudanças políticas e sociais ocorreram, no Brasil, conservando elementos patrimonialistas e paternalistas que dificultaram a consolidação da democracia e políticas civis. Dessa maneira, com uma tríplice governamental danificada, o Judiciário, por sua vez, com rápidas prisões e longos processos não resolvidos dão lugar à impunidade que colaboram para continuidade da segurança pública, em que meliantes são detidos e soltos no dia seguinte, na qual o ciclo de violência se alimenta. Desse modo, vê-se que raízes históricas e más administrados dão lugar ao contínuo ciclo de instabilidade de segurança no país.     Dessarte, infere-se que para alcançar um Estado coeso nas bases Hegelianas, são necessárias medidas e ações mútuas. É mister, portanto, que o Governo Federal, aliado com ONGs, promovam políticas públicas em áreas vulneráveis socialmente de educação, dando-lhes oportunidades, trabalho e renda destinados ao ensino, mostrando-lhes como uma conscientização política é essencial para desenvolvimento individual e social, além de trabalhos lúdicos promovidos por ONGs na inserção de jovens ao ensino. Ademais, é básico que o Ministério da Educação inserira, no currículo da base do Ensino Médio, uma educação política sobre deveres dos três poderes, com objetivo de tornar os alunos hábeis e concisos das ações e mudanças do país, buscando uma sociedade ativa socialmente.