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Enviada em: 04/06/2018

Tropa de Elite é um filme nacional, que narra a história de um agente da polícia no Rio de Janeiro e os problemas enfrentados com a criminalidade, o mundo do tráfico e a corrupção, até mesmo dentro da polícia. De maneira análoga, fora da ficção essa é uma realidade presente em nosso país, atrelada a um ineficiente e antigo sistema de segurança e perpetuada por um déficit na gestão de recursos.        É indubitável que a questão constitucional e a sua aplicação estejam entre as causas do problema. Segundo o filósofo grego Aristóteles, a política deve ser utilizada de modo que, por meio da justiça, o equilíbrio seja alcançado na sociedade. Analogamente, é possível perceber que o plano de segurança pública utilizado rompe essa harmonia, pois é o mesmo há alguns anos, portanto, não está adaptado à realidade de nosso país, onde é crescente os índices de criminalidade.               Ademais, esse aumento nos crimes (como tráfico de drogas, homicídios e furtos) gera na população um sentimento de insegurança e desamparo, fazendo com que alguns até mesmo clamem por intervenção federal, como o que aconteceu no RJ, em 2018. Porém, intervenções como essa são caras (chegando a 1,7 milhões por dia) e ineficazes, pois ao terminar geram problemas ainda maiores, corroborando necessidade em soluções a longo prazo, como maior investimento na segurança, já que o utilizado é muito pouco para um país tão extenso.        Outrossim, os indivíduos mais marginalizados, como os que vivem em favelas, por exemplo, são os que mais sofrem com esses problemas, já que nessas áreas as taxas são grandes e as pessoas (até mesmo crianças) têm que vivenciar problemas diários, como tiroteios e confrontos com a polícia. Como é mostrado nas músicas do grupo Racionais MC’s, muitas pessoas acabam entrando no mundo do crime por falta de dinheiro, estudo, ou até mesmo por conviver tão perto com essa realidade, fazendo com que pensem ser a escolha certa. Por conseguinte, se torna evidente a falta de políticas públicas nessas áreas, e o precário sistema de educação a que são sujeitos.       Mostra-se eficaz diante desse cenário fragilizado, portanto, que a União aprimore a gestão dos recursos destinados ao âmbito da segurança, para que possa haver uma reforma nas políticas de segurança pública e um aumento nos efetivos policiais, intensificando as investigações de crimes e o controle do tráfico de drogas, que geram muitos problemas em nosso país. Além disso, em parceria com as prefeituras, o MEC deve instituir palestras de engajamento nas escolas, para os alunos das áreas mais vulneráveis não cresçam com o enraizado pensamento de que a polícia é a “vilã” da história e não vejam o crime como algo certo a se fazer. Aumentam assim as chances de se alcançar uma cidadania pragmática e realmente legítima e plural.