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Enviada em: 11/06/2018

Hobbes, Locke, Rousseau, grandes nomes da filosofia, conhecidos como "contratualistas" definiram a ideia de que as pessoas abririam mão de suas liberdades individuais "Estado de natureza" para adentrar no "Estado de sociedade" como forma de garantia da ordem. Entretanto, observa-se o não cumprimento desse "contrato," uma vez que há uma crise na segurança pública. Dessa forma, necessita-se discutir como a desigualdade social e a falta de ressocialização de ex-detentos são entraves a serem solucionados.     Durante a reforma Pereira Passos, a população pobre foi a mais prejudicada, visto que as pessoas foram expulsas de suas casas, que eram localizadas no centro, tendo que morar em morros. Hodiernamente, esse descaso, ainda, perpetua-se uma vez que a desigualdade social no Brasil é elevada. Esse cenário, ocorre porque criar políticas públicas e fazer investimento demanda tempo, logo, não haveria um grande impacto eleitoral. Em decorrência desse fato, muitos indivíduos veem na criminalidade um meio para "mudar de vida."      Segundo Aristóteles,"o homem é um animal social." Referente a isso, o sistema penitenciário nasce com objetivo de encarcerar o indivíduo que cometeu um delito, a fim de retirá-lo do convívio social, prover sua ressocialização "devolvendo-o" para a sociedade. Todavia, no Brasil isso não ocorre de forma efetiva, pois de acordo com o CNJ (Conselho Nacional de Justiça), cerca de 70% dos presidiários são reincidentes, ou seja, já haviam cometido algum crime antes de ser preso. Tal fato ocorre porque, na maioria das vezes, os ex-detentos não conseguem arrumar um emprego, por causa do seu histórico, acarretando, muitas vezes, no reingresso ao "mundo do crime."     Portanto, o Governo federal deve criar políticas públicas de auxílio às pessoas de classe baixa, por exemplo, programas sociais que complementam a renda dos mais pobres, como o Bolsa família, para que diminua a desigualdade social do país. Ademais, o Poder executivo deve cria uma lei que dê incentivos fiscais para empresas que contratem ex-detentos, além de parcerias públicos-privadas para promover a capacitação de presos, oferecendo cursos profissionalizantes, com o objetivo de diminuir a porcentagem de reincidência no sistema carcerário.