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Enviada em: 04/06/2018

Segundo o filósofo contratualista Thomas Hobbes, durante o estado de natureza, período em que uma figura governamental inexistia, os homens viviam em uma situação de ''guerra de todos contra todos''. Analogamente, o Brasil enfrenta um momento de expansão da criminalidade, graças à ausência de medidas eficazes. Isso pode ser identificado através dos baixos investimentos na educação e na falta de uma ressocialização de ex-presidiários.       Nesse contexto, percebe-se que, apesar da educação interferir diretamente na sociedade, há pouca aplicação de capital nesse sistema. Conforme uma pesquisa realizada na Universidade de São Paulo,a cada 1% investido em tal setor, 0,1% do índice de criminalidade é reduzido. Sendo assim, em escolas mais equipadas e com uma maior diversidade de atividades extracurriculares fornecidas, há o decréscimo da possibilidade de participação em atividades criminosas por atuais e antigos alunos.      Outrossim, a ausência de inclusão de ex-detentos na comunidade provoca a persistência da violência.De acordo com uma análise realizada pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, quase 25% do total de presos volta a cometer crimes no prazo de cinco anos. Tal realidade expressa o preconceito e ausência de oportunidades de trabalho oferecidas pelo Governo Federal,causando dificuldades de ingresso dessas pessoas no mercado de trabalho.        Evidenciam-se, portanto,falhas estruturais nos sistemas educacional e prisional brasileiro, representadoras dos empecilhos para a manutenção da segurança pública no Brasil. A fim de que haja a atenuação dessa situação, o Ministério da Fazenda deve fornecer uma maior quantidade de capital para as escolas públicas, destinado para o oferecimento de atividades extracurriculares, como natação ou dança, por meio do auxílio de programas de debate nas mídias sociais comprometidos com a conscientização da população. Feito isso, haverá o distanciamento da nação com o estado de ''guerra de todos contra todos''.