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Enviada em: 07/06/2018

Segundo o sociólogo, Émile Durkheim, a criminalidade pode-se tornar um estado de doença social, visto que os casos frequentes podem prejudicar a organização social e o seu bom funcionamento. Diante disso, o discurso do sociólogo reverbera o estado em que se encontra a sociedade brasileira, uma vez que a falta de investimento no sistema carcerário, assim como a escassez de políticas públicas de Estado para as áreas em vulnerabilidade social e o controle do tráfico de drogas, inviabilizam a diminuição da criminalidade no país.        Outrossim, o modelo do sistema carcerário no país se encontra ineficaz, visto que se utilizam dos presídios como um “depósito humano” sem que haja de forma expressiva trabalhos para ressocialização do indivíduo, bem como os presos enfrentam a lentidão na tramitação do julgamento na justiça, sendo esquecidos por muitos anos na cadeia. Ademais, de acordo com o Conselho Nacional de Justiça cerca de 40% do total de presos, são provisórios e que esperam julgamento.         Além disso, foi divulgado na folha de São Paulo que em 2016 ocorreram 60.000 assassinatos, dentre o quantitativo expressivo se encontram jovens entre 15 a 29 anos, assim como 95% são homens e 75% negros. Diante disso, o mais pobre e o menos escolarizado, vivem em grande parte marginalizados e expostos ao cotidiano violento das periferias e ao acesso as drogas, ainda por cima sofrem cotidianamente com ações violentas dos policiais, haja vista que a discriminação racial na sociedade é expressiva.         Faz-se necessário, portanto, compreender que o caminho para o combate do tráfico drogas parte do Estado com a promoção de palestras acerca dos malefícios no uso das drogas em escolas e nas comunidades, visto que a repressão da comercialização não inibe o usuário de buscar consumir ilicitamente o seu produto. Assim também, o Ministério da Justiça revise o sistema carcerário e o modifique, visto que a construção de presídios não será a melhor solução, mas a ressocialização do preso com oportunidades de trabalho na sociedade e uma maior rapidez dos julgamentos na justiça. Assim como, deva existir uma maior criação de políticas públicas pelo Governo que ingressem os jovens em projetos sociais com a parceria de escolas e ONGS, em virtude de tirarem os mesmos do seu tempo ocioso de estarem nas ruas para participarem de práticas educativas.