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Enviada em: 11/06/2018

O escritor Eduardo Galeano afirmou que a violência gera violência, porém também gera monetizações para uma inacreditável indústria de consumo, transformando-se, portanto, em uma política pública. Dessa forma, a partir dessa citação, constata-se que a sociedade brasileira vivencia, nos dias atuais, exatamente tal realidade, fruto de um defasado sistema de segurança pública. Dessarte, essa problemática deve ser analisada sob dois aspectos: dificuldades e consequências da vigente segurança nacional. Por conseguinte, é salutar que haja soluções promotoras do desenvolvimento de tal sistema.    Desde o início de sua colonização, em 1534, o Brasil, ou pelo menos o que viria a ser, pareceu pouco empenhado nas questões de âmbito social, como a segurança pública. Assim, mesmo após a chegada da Coroa portuguesa, em 1808, o país continuou não demonstrando interesse em definir um projeto eficaz sobre o assunto, descaso que se perpetuou até 1988, ano em que foi promulgada a atual Constituição. Nesse contexto, pode-se afirmar que a segurança pública consiste em um estado de normalidade que permite o usufruto de direitos e a execução de deveres. Entretanto, a atual realidade vivenciada pela nação brasileira demonstra que esse status não se faz presente, como se percebe no caos deflagrado no Rio de Janeiro. Desse modo, é sabido afirmar que este vigente sistema está na margem da total ineficácia, transformando-se, então, em uma metodologia incondizente com a situação nacional. Ademais, é importante ressaltar que questões como: precariedade do sistema carcerário, falta de recursos, aliada à corrupção, má gestão e reformas que não saem do papel tornam-se entraves no desenvolvimento social.    Outrossim, o falimento de uma metodologia atrasada de segurança pública, que "a priori" deveria ter o dever de proteger os cidadãos, bem como preservar a ordem pública, reflete diretamente no desempenho social. Dessarte, este possui uma estreita relação com o aumento do índice de criminalidade, relatado, por exemplo, pelo Anuário de Segurança Pública, o qual afirma que os assassinatos cometidos no Brasil equivalem a uma bomba atômica por ano, superlotação dos presídios, pouca ressocialização, abusos de poder e outros. Assim, é notório que os ferimentos ocasionados por essa situação são brutais e visíveis.    Portanto, soluções eficazes devem ser implementadas para superar os desafios na segurança nacional. Assim, os esferas do governo brasileiro devem desenvolver políticas voltadas para a capacitação de polícias e agentes penitenciários, mediante a disponibilização de cursos técnicos e palestras, a fim de garantir uma maior eficácia na resolução de problemas e uma qualificação adequada para lidar com o cidadão. Some-se, ainda, o incremento, através do Ministério da Educação, de políticas para a juventude, como uma educação mais eficaz e inclusiva, obtidas mediante projetos legislativos, com o intuito de garantir um cidadão com mais oportunidades sociais, refletindo-se, dessa maneira, nas taxas de violência.