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Enviada em: 11/06/2018

Assassinato de populares, de policiais, presídios superlotados, facções criminosas. Esses são alguns dos inúmeros pontos críticos da segurança pública brasileira e que são destaques corriqueiros na mídia. Toda essa problemática se relaciona não somente à incapacidade de o Estado em combater a estruturação do crime organizado, mas também na incipiência de políticas públicas direcionadas na ressocialização desses indivíduos.       Segundo o pensamento hobbesiano, o homem, em seu estado de natureza, seria o lobo do próprio homem, surgindo, assim, a necessidade de um  Estado atuante na resolução desses conflitos. Dessa forma, o que se observa hodiernamente é que o governo brasileiro não tem ofertado condições mínimas nas áreas de educação, saúde, lazer e segurança pública, setores que são de extrema importância no combate ao crime organizado. Com isso, em uma população cada vez mais desassistida e onde impera o lucrativo tráfico de drogas, cada vez mais jovens são atraídos e veem nesse mundo oportunidades de sobrevivência.       Além disso, nota-se que a atuação do Estado se dá de forma mais punitiva e menos preventiva ocasionando, pois, situações de superlotação e de pouca ressocialização. Consequentemente, indivíduos primários e que cometeram pequenos delitos, em que foram pegos com drogas para consumo entre outros, são enviados a presídios e passam a conviver diretamente com chefes de facções criminosas e são obrigados a se adequarem à (des)ordem que impera nos presídios, tornando-se assim, quase sempre, criminosos habituais.        Diante do exposto, portanto, fica evidente a necessidade de que o Estado atue de forma a ofertar projetos sociais que tornem possível a inserção dos jovens no mercado de trabalho formal por meio, por exemplo, do ensino técnico, a fim de que essa população não seja angariada pelo crime. Ademais, acordos público-privados devem ser celebrados com empresas de diversos setores com o objetivo de ofertar vagas a ex-presidiários, de forma a dar condições possíveis de ressocialização.