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Enviada em: 27/03/2018

Nos últimos meses a precariedade da segurança pública tornou-se manchetes dos jornais brasileiros, sendo comentado até mesmo em noticiários internacionais. A recorrência desse assunto reflete a realidade vivenciada pelas comunidades do Brasil. Em busca pela raiz do problema encontra-se dois agravantes: as ideias extremistas e a falta de investimento.        O presidente Michel Temer propôs uma intervenção federal que permite a participação dos militares em atividades de segurança pública. Essa proposta tende a ser inviável por dois fatores: primeiramente, não há como resolver um problema explosivo com atitudes extremistas, porém é necessário equaciona-lo. Relembrando o histórico político brasileiro em relação ao encarceramento, percebe-se que o aumento do número de presidiários cresce proporcionalmente à violência. Essas medidas drásticas como prender pessoas que cometeram crime em condições desumanas sem levar em consideração a complexidade de cada indivíduo e sua situação sociopsicológica, só dão vigor aos princípios de quem profere e acredita em ditados populares como: "bandido bom é bandido morto".        Outrossim, o segundo motivo para a ineficácia dessa intervenção é a falta de investimento. A atuação da polícia civil e federal é um investimento altíssimo que já está sofrendo seriamente com o descaso dos órgão públicos. Todavia, os investimentos que serão necessários para implantar os militares na segurança pública serão exorbitantes, tendo em vista o último exemplo, a ocupação da favela da Maré por forças militares. Durou 14 meses, ao custo de R$ 1,7 milhões por dia. Além do alto custo ouve sérias violações aos direitos humanos o que foi previsto no parágrafo anterior.       Portanto, medidas são necessárias para amenizar a insegurança pública no Brasil. Porém, a implementação militar não é a melhor saída, mas sim o investimento na capacitação dos profissionais que já exercem o cargo, a partir de pelo menos 3% do Produto Interno Bruto (PIB) disponibilizado pelo governo federal e estadual. Por fim, a implementação de políticas públicas que valorizem as especificidades dos cidadãos, sendo elaborado e proposto anualmente por deputados e senadores, com participação da população através de enquetes não obrigatórias.