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Enviada em: 29/03/2018

No Brasil, os problemas relacionados à segurança pública são históricos, chegando a se extender até mesmo em tempos cujo país esteve sob a égide do regime militar, pois a partir do ano de 1964 até meados do ano de 1980 a maior ameaça para a sociedade vinha justamente das atividades repressivas do Estado. Contudo, discorrido mais de meio século do domínio militar no Brasil o panorama da segurança pública não veio a apresentar expressivos avanços, visto que atualmente a população brasileira vive diariamente em meio ao caos e descumprimentos das exortações das leis que regem o país.   Dito isso, é observável que hodiernamente os desáfios da segurança social no Brasil são de complexo tratamento, haja vista que os mais de setenta mil assassinatos anualmente no país denunciam as deficiências do sistema de segurança adotado no território brasileiro. Recentemente, no estado do Rio de Janeiro, foi autorizado uma intervenção de cunho militar, com o objetivo de tentar estabelecer a ordem e segurança pelas ruas das cidades. No entanto, tal ação não representa uma medida que trará benefícios expressivos para a população do referido estado, tendo em vista que o problema tem suas bases nas brandas leis do código penal, e principalmente na falta de fiscalização das fronteiras do país, que atualmente desprotegidas permitem o livre tráfico de drogas e armas de outros locais para o Brasil.    Nessa conjuntura, é possível afirmar que o cenário vivenciado no Brasil contemporâneo seria o que o filósofo francês Émile Durkheim denominaria de estado patológico, posto que as dimensões e as características da problemática da segurança no país se apresentam de maneira anormal. Assim sendo, o estado de anomalia social vigente no país, associado a uma análise do espectro macroscópico da realidade da segurança pública no Brasil permite a apresentação de alarmantes dados, como o fatídico levantamento de que dos setenta mil assassinatos ocorridos anualmente no país apenas cinco por cento são efetivamente investigados.   Dessa forma, ficam evidentes a inequivoca necessidade da adoção de medidas de cunho federal para o sanar dos problemas da segunça pública no país. Assim, o ponto nevrálgico a ser tratado pelo governo federal seria a defesa das fronteiras nacionais frente ao comércio internacional de drogas e armamento, portanto, o governo federal deveria desenvolver sistemas de monitoramento via satélite das fronteiras nacionais, com o intuito de dificultar a ação dos grandes traficantes e ainda extinguir o suprimento de armamento às facções criminosas que aterrorizam o território brasileiro. Ademais, é de importante valor o maior investimento federal em departamentos de investigação criminal, pois somente  através da justiça aos criminosos sera possível retirar o sentimento de insegurança nacional.