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Enviada em: 31/03/2018

O filósofo Engels diz que a criminalidade está diretamente associada à divisão de classes, e consequentemente, aos problemas sociais e culturais. Dessa maneira, a violência no Brasil tem crescido significativamente e tem gerado desafios para a segurança pública. Por conseguinte, existe um aumento da criminalidade entre os jovens, principalmente nos centros urbanos e, além disso, o sistema prisional tem enfrentado uma grande crise.        O atual quadro de violência urbana no Brasil se dá devido ao crescimento desordenado da população e acomete, principalmente, os jovens. De certo, devido ao acelerado processo de êxodo rural, as cidades receberam um grande número de pessoas, porém, a infraestrutura urbana não acompanhou esse crescimento. Como resultado, geram-se as desigualdades e problemas sociais graves. Dentre eles, destaca-se o aumento da criminalidade, como foi suposto por Engels. Em contraste, a violência urbana tem ocasionado a morte de milhares de jovens no Brasil e é o principal fator de mortalidade dessa faixa etária. Além disso, crianças e adolescentes estão cada vez mais envolvidos com os crimes cometidos nas grandes cidades. Em suma, a violência urbana apresenta crescimento desornado e os jovens são os protagonistas desse cenário.       Analogamente, a expansão da criminalidade gera o aumento do número de detentos. Como consequência, há uma superlotação das penitenciárias, crescimento da violência e do tráfico de drogas nesses centros, gerando a crise no sistema prisional. Em 1992, por exemplo, mais de 100 detentos foram assassinados, por Policiais Militares, no presídio do Caramdiru, em São Paulo, devido as revoltas. Isso se dá devido ao grande número de crimes em oposição ao pequeno número de celas, a precariedade de condições sanitárias, a lentidão nos julgamentos e a falta de inclusão social. Dessa maneira, esses problemas contribuem para a violência interna e o surgimento de facções criminosas dentro dos centros penitenciários.        Nota-se, diante do exposto, que os desafios do crescimento da criminalidade precisam ser enfrentados. É necessário que o Ministério da Educação ofereça às escolas atividades extracurriculares, em tempo integral, executando projetos que levem o combate da violência entre os jovens, em conjunto com a polícia militar. Como também, o Ministério de Segurança Pública precisa fazer uma reforma no sistema prisional, precisa dar prioridade ao julgamento daqueles casos que ainda não foram condenados, melhor as condições sanitárias e, principalmente, promover a inclusão social do preso, encaminhando-os para o ensino e o trabalho comunitário. Dessa maneira, a juventude será afastadas da criminalidade e o sistema prisional se tornará mais humanitário.