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Enviada em: 04/04/2018

Reféns do PCC e de seus futuros herdeiros   No dia 20 de março de 2018 entrou em vigor o decreto de intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro, sendo a primeira vez que um amparo federal entra em ação desde a Contituição de 1988. Posto isso, fica claro que o sistema de defesa pública passa por uma crise e também mostra o despreparo do governo em enfrentar um problema impetuoso. Desse modo, deve-se analisar as superlotações nos presídios e a falta de investimentos nos órgãos de salvaguarda pública.   Para Émile Durkheim (1858 - 1917), "o homem é produto do meio, de forma a agir conforme a coletividade". Isso é notório nas primeiras prisões, no qual aglomerados de presos em uma única cela permite que essas pessoas se corrompam e formem grupos criminoso, como o PCC (Primeiro comendo da capital), que vêm provocando esse movimento de crimes contra as instituições públicas e a sociedade.  Ao lado da questão carcerária, temos a crise dos órgãos de seguridade pública. Com a falta de verba federal, os policiais são destituídos de estrutura para o trabalho. Aliado a esse fato, recebem parcos salários para combater uma criminalidade organizada. O Governo Federal ainda não se deu conta que está despreparado diante desses criminosos altamente organizados, que portam granadas e fuzis e praticam delitos graves como tráfico de armas e de entorpecentes. Como exemplo, a ocupação da favela da Maré por forças militares, que durou 14 meses, ao custo de R$ 1,7 milhões por dia, quando os militares saíram, o local voltou a ser tão ou mais perigoso do que era antes.  Em suma, para que se amenizem os desafios do sistema de segurança pública no Brasil é preciso que o Governo Federal tome liderança e por meio do Congresso Nacional comece as discussões sobre novas polítcas sobre o tema, a fim de criar leis e planos de ação que previnam e combatam os crimes com maior eficácia. Ademais, é necessário que o Ministério da Justiça adote investimentos nos presídios de segurança máxima, separando os chefes das organizações criminosas, para que o crime organizado possa ser em parte seccionado, além de disponibilizar ferramentas de reeducação, com o intuito de ressocialização do preso, como o ensino de uma profissão (eletricista, jardineiro, entre outros). Ainda ele, tem o dever de destinar verbas para a estruturação na formação do policial, não só em armamento e viaturas, mas no material humano, por meio de estratégias motivacionais que estimulem a produção do servidor público. Deixá-lo motivado poderá trazer resultados ainda maiores. Dessa forma, evitando o colapso do sistema de segurança pública.