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Enviada em: 31/03/2018

"Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci, e poder me orgulhar, e ter a consciência que o pobre tem seu lugar". A música, como expressão artística, demonstra uma representação da realidade. Nessa lógica, esse trecho da canção ilustra um apelo das comunidades carentes diante da precariedade da segurança pública. Nesse sentido, é importante analisar a segregação das medidas desse sistema e os impactos promovidos por estas, a fim de que soluções sejam imediatamente implantadas.     Convém apontar, antes de tudo, que as políticas de segurança pública são direcionadas às elites. Servindo, assim, apenas como uma medida paliativa. Durante os jogos olímpicos de 2016, na cidade do Rio de Janeiro, as forças armadas fizeram parte do cenário carioca, com o objetivo de manter a ordem nos centros do evento mundial. Após dois anos dessa festividade, os militares voltam ao estado. Porém, esse retorno é orientado, essencialmente, às áreas nobres. Transmitindo-se, com isso, a falsa impressão de trabalho efetivo, capaz de promover a organização e o afastamento da criminalidade.      Cabe ressaltar, mediante esse fato, o círculo vicioso criado quando não há mudanças efetivas. Mantendo, à vista disso, a devida atenção para evitar visões deterministas. Concentradas nas áreas centrais da cidade, as forças de segurança negligenciam o olhar científico às periferias, onde a problemática ganha destaque. Com essa falta de atuação sobre as comunidades carentes, as organizações criminosas criam um sentimento de liberdade, as quais passam a comandar esses locais. Diante disso, a população se encontra envolvida pela criminalidade, aumentando as chances de formação de novas atitudes criminosas que, em seguida, se expandem  aos centros urbanos.      Fica claro, portanto, que os desafios da segurança pública estão concentrados na má distribuição desse sistema. Logo, para minimizar esse quadro, o Ministério de segurança deve propor medidas, após exaustivos estudos, capazes de atuar diretamente no centro das comunidades, por meio da implantação  do trabalho direcionado da polícia, a fim de frear o crescimento das milícias. Ademais, o Ministério da Cultura pode contribuir promovendo atividades nas comunidades através do teatro, da literatura, da música. Para que, assim, os indivíduos possam ampliar suas visões a carca do mundo, afastando-se do crime e partindo em direção á desejada felicidade.