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Enviada em: 07/04/2018

O Brasil passou de 250 mil encarcerado, em 2000, para os mais de 600 mil presos nos dias de hoje. No entanto, esse grande número de detentos não é sinônimo de redução das taxas de crimes, de forma que esse aumento acabou por gerar mais problemas, como a superlotação de cadeias e  a existência de facções criminosas que dominam o presídio. Desse modo, deve-se analisar como a repressão e a ausência de políticas consistentes colaboram com as dificuldades enfrentadas pela segurança pública.  Em primeira análise, no modelo brasileiro, a segurança pública utiliza a repressão como um mecanismo para a resolução  de crimes, como o tráfico de drogas, dessa forma, o encarceramento é visto como saída, na maioria das vezes. Entretanto, essa medida ocasiona casas de detenção abarrotadas. Em decorrência disso, surge nesse ambiente grupos de detentos que exercem domínio sobre os demais, tal situação piora, ao passo que acontecem tiroteios, os quais geram vítimas, muitas vezes, fatais.  Além disso, a ausência de políticas rígidas complica a efetivação da segurança pública nacional, uma vez que os índices de homicídios é o nono maior das Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde ( OMS). Por conta dessa ausência, muitos assassinos saem ilesos e continuam nesse ramo , enquanto outros criminosos cumprem penas desproporcionais aos atos cometidos. Em consequência disso, é necessário novas estratégias para reverter esse quadro, tal como equipamentos de inteligência para o uso das autoridades policiais.  É evidente, portanto, que existem entraves para a consolidação da segurança pública no Brasil. Dessarte, é mister que  o Conselho Nacional de Segurança Pública ( Conasp) adote medidas que reinsiram o detido na sociedade, tais como a formação de instituições que ofereçam cursos técnicos e projetos que colaborem no desenvolvimento da vida em coletivo, por meio de aulas práticas, com profissionais, e palestras, para que, assim seja possível diminuir os altos índices de ocupação dos presídios e o indivíduo se ressocialize. Para mais, o Governo Federal, em parceria com o Poder Judiciário, deve investir na modernização de instrumentos que auxiliam a atividade dos policiais, além de distribui-los por todo território nacional, principalmente, nas regiões mais vulneráveis, a fim de que as penas sejam aplicadas de forma justa. Dessa maneira, a segurança pública será eficaz para o país todo.