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Enviada em: 10/04/2018

O desafio de lidar com a questão da segurança pública, no Brasil, advém do processo de urbanização sem planejamento que o país passou. Nesse sentido, a macrocefalia urbana gerada pela falta de organização está intrinsecamente ligada à abstenção de jovens no Ensino Médio e o alto índice de criminalidade nas metrópoles. No século XI, esses problemas são inaceitáveis para uma nação em desenvolvimento.                                                                                                                                                É notório que a rápida industrialização dos centros urbanos acarretou impasses a gestão governamental: a onda crescente de favelização. Isso fez com que a população que vive nesses núcleos habitacionais ficasse cada vez mais marginalizada. Nesse viés, muitas pessoas não enxergam um futuro esperançoso, uma vez que, por serem excluídos da sociedade, não conseguem arrumar empregos. Assim, sem expectativa de ascensão social, os indivíduos acabam recorrendo ao mundo do crime como única saída.Filmes como "Cidade de Deus", debatem acerca dessa temática, explicitando, de maneira nua e crua, a verdade de grande parte da população menos abastada do Brasil. Assim, o governo tenta coibir o crime com medidas extremas a curto prazo, como a intervenção militar que ocorreu no Rio de Janeiro, em locais no qual soluções a longo prazo são necessárias.                                                                                                                                                        Há de se saber, ainda, que a grande taxa de abstenção dos jovens no Ensino Médio, principalmente da rede pública, se deve a má estrutura dos colégios, com falta de material didático e professores desinteressados. Nesse sentido, a educação privada serve como instrumento de legitimação das desigualdades sociais, já que o acesso à cultura, educação e informação é desigual segundo critérios de classe. Sob essa conjuntura, os juvenis ficam à mercê da sociedade, daí, muitos se veem desamparados e se envolvem com crimes. Isso corrobora com os atuais problemas que o país sofre: cadeias superlotadas, crises na segurança pública e até morte de jovens com uma vida promissora pela frente.                                                                                                                                                                   Convém, portanto, que o Estado, em parceria com a mídia, promova maior inclusão dos jovens de menor poder aquisitivo e ex-detentos no mercado de trabalho, por meio de feiras de emprego e estágios. Ademais, à família, em conjunto com a comunidade, cabe o papel de integrar os filhos aos diversos segmentos da sociedade, através de debates cujo objetivo seja  evitar a segregação social que ocorre.