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Enviada em: 11/04/2018

''Lixo no chão, tiro na mão'', dizia um cartaz na zona oeste do Rio de Janeiro, posto pela milícia. O sentimento de insegurança é um grande indicador de uma segurança pública ineficaz. Faz-se necessário uma reformulação nas formas de se combater o crime e a violência, advinda do mesmo, objetivando uma política pública de combate eficaz.    É evidente que atacar o cerne que sustenta a rede criminosa é necessário. Prova disso é a pesquisa realizada pela Escola de Chicago que constatou, através de estudos em criminologia, que desmantelar o aporte financeiro que sustenta o crime organizado é uma alternativa eficaz. Porém, a deficiência no investimento no setor de inteligência da polícia dificulta a ação. Contudo, outras medidas devem ser implementadas.    Ademais, segundo Flávio Werneck, com um maior investimento no setor de inteligência irá se obter uma melhor política de segurança pública. Com isso, terá-se uma antecipação dos passos do crime e a atuação eficiente no combate do mesmo. Além do mais, torna-se necessário também uma reformulação urbanística dos morros - principais áreas de dominação das milícias - para que haja um campo amplo de atuação policial e de vivência segura para a população. Só assim, segundo o presidente do Sindicato dos Policiais Federais do Distrito Federal, se atingirá um meio eficaz de contenção ao crime e de salvaguardar os direitos fundamentais da população que sofre com o avanço das organizações criminosas.   Dessarte, é de vital importância um maior investimento na inteligência policial, pelo Ministério da Segurança Pública e da Justiça, objetivando, através de estratégias, a antecipação das ações criminosas e o combate às áreas dominadas pela organização. Além do mais, a capacitação da polícia militar, pelos batalhões especializados no combate de milícias - como exército, que teve positiva atuação no Haiti, e a Polícia Federal - é crucial, fazendo com que as intervenções sejam feitas de forma mais racional e segura para a população da região a ser pacificada. Só assim, se garantirá os direitos fundamentais dos cidadãos ocupantes de áreas de risco.