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Enviada em: 31/05/2018

A partir do século XVIII, surgiu na Europa um movimento intelectual, o iluminismo, baseado nos ideais de igualdade e liberdade. No entanto, quando se observa os desafios do sistema de segurança pública no Brasil, percebe-se que esse ideal iluminista não é posto em prática, tornando-se uma questão a ser discutida em todas as instâncias da sociedade. Nesse sentido, o pouco investimento na defesa popular e os casos de corrupção, dificultam a resolução dessa problemática, o que configura um grave problema social.                 Sob esse viés, o baixo investimento na proteção pública é um dos impasses que o Brasil vem passando atualmente. Segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, o Governo gasta apenas 1,5% do PIB para a defesa da sociedade, refletindo, assim, na despreocupação da administração com a segurança, e ocasionando um maior medo da população ao sair de suas residências e não voltar imune de qualquer prática violenta. Algo deplorável, tendo em vista a alta carga tributária paga pela nação Brasileira, e que todo esse recurso seja aplicado e desviado para outros destinos, deixando os cidadãos agoniados com essa chaga social.                Além disso, à corrupção é uma das principais impulsionadoras da falta de segurança pública de qualidade. De acordo com o filósofo suíço Rousseau, essa situação configura como uma ruptura do contrato social, já que o Estado não cumpre seu dever de manter a proteção e o bem-estar do corpo social. É inadmissível, os representantes do povo brasileiro desviarem verbas públicas para fins ilícitos e particulares e ferirem os direitos democráticos da população, deixando-a frágil e insegura.                 Para que os ideais de igualdade e liberdade, portanto, não sejam apenas uma aspiração teórica, mas uma medida prática, é fundamental que o Governo assegure a cidadania dos cidadãos e que a população cobre a criação de plataformas fiscalizadoras das ações públicas, por meio de projetos, políticas públicas eficazes e campanhas educativas, a fim de que os todos tenham sua dignidade humana preservada e a garantia da eficiência dos princípios constitucionais, podendo assim, acompanhar as medidas tomadas pelos poderes executivos e legislativos e evitar a intensificação da insegurança pública.