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Enviada em: 18/04/2018

"O ser humano é aquilo que a educação faz dele", já afirmava o filósofo Immanuel Kant, defensor assíduo do conhecimento coletivo. Tal frase permeia ainda episódios da história brasileira, como o período da república velha, diante de uma ditadura dominada por grandes elites em prol da priorização da mão de obra em vez da educação. Assim, é perceptível que a inaccessibilidade educacional tem, ao longo do tempo, se mostrado o difusor no sistema de segurança nacional. Dessa forma, é relevante analisarmos os paralelos entre tais duas esferas supracitadas.    De início, é importante ressaltar que 7% da população é analfabeta, conforme dados do Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística. À vista disso, comportamentos condenáveis tornam-se crescentes e impotentes à segurança pública. Isso ocorre porque a ignorância social entre uma determinada classe - a leiga, suscita uma série de infortúnios contraproducentes, como assaltos, tráficos e violência, haja vista que a educação engloba aspectos cruciais da subsistência. Decerto, tal conjuntura explicita uns dos principais desafios da segurança nacional.    Percebe-se que essa problemática social, devido à carência educacional, configura uma violação à Declaração Universal dos Direitos Humanos. Isso porque, ao negligenciar esse aspecto, a forma radical como tais pessoas são encaradas, sucede não somente em superlotações penitenciárias, mas também em uma visão estereotipada por uma contrária hierarquia. Isto posto, a famigerada ideologia de que, "bandido bom é bandido morto" gera o ciclo de subjugações e, por conseguinte, medidas radicais como prisões sem o correto julgamento.     Nota-se, portanto, os entraves na educação refletem diretamente na segurança do Brasil. Assim, é crucial a atuação intensa da sociedade em prol do direito a uma educação aos detentos afim de ressocializa-los. Além disso, seria essencial campanhas midiáticas por meio de canais abertos que destrinchem os principais esteriótipos fomentados por uma parte do corpo social. Dessa forma, veríamos a transformação que Kant defendia.