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Enviada em: 26/04/2018

Em 1904, o Brasil enfrentava uma epidemia de varíola, causada pelo crescimento populacional e a falta de planejamento urbano, levando autoridades a instituírem a obrigatoriedade da vacina contra essa doença, na cidade do Rio de Janeiro. A população por sua vez, sem informação sobre o funcionamento desse método preventivo, manifestou-se, período conhecido como “Revolta da vacina”. Hodiernamente, o Brasil continua a ir de encontro com surtos de doenças, causadas pela falta de saneamento básico e perpetuada pela falta de educação da população.   Um dos principais fatores de proliferação de doenças como a dengue, Zika e Chikungunya, principais epidemias no país, é a falta de saneamento básico. O Aedes aegypti, mosquito vetor dessas doenças e possivelmente da febre amarela, necessita da água parada para colocar seus ovos que se desenvolvem até formar novos vetores desses vírus. Essa condição, portanto, é facilitada pela falta de serviços como saneamento básico, que são acessados apenas por 50,3% da população, de acordo com o Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS). Tornando assim, evidente a relação direta entre as epidemias e os aspectos sanitários do país.  Além do investimento em asseio, é necessária a educação da população. Assim como na situação ocorrida durante a República Oligárquica, a Revolta da vacina, os cidadãos permanecem sem o conhecimento sobre o funcionamento da vacina, método essencial para impedir os surtos. No século XXI, porém, ao invés de se revoltarem, negligenciam esse serviço, incentivando indireta e inconscientemente a manutenção da problemática.  Diante desse cenário, evidencia-se a necessidade de intervenções. Primeiramente, o governo de cada estado, juntamente com o Ministério de Saúde, deve efetivar o acesso ao saneamento básico, que já tem evoluído desde o sancionamento da lei 11.445 que trata das condições de asseio, e assim diminuir a proliferação da doença. Ademais, a mídia, com apoio do Ministério da Saúde, deve divulgar não só campanhas de vacinação, mas também a ação e efeitos da vacina, para que a população perceba a verdadeira necessidade desse método profilático, aumentando o número de pessoas imunes a essas doenças e diminuindo o número de casos.