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Enviada em: 05/07/2018

O impacto das epidemias é um problema e, sobretudo, um desafio para a sociedade brasileira. Isso deve ser estudado, enfrentado e superado, uma vez que o caráter distintivo dessas doenças desencadeia pressões sociais que devem ser respondidas pelo Estado o qual, de acordo com a Constituição Federal, precisa prever o direito à saúde aos cidadãos. Nesse sentido, dois aspectos tornam-se relevantes: uma retrospectiva histórica acerca dessa problemática e os embates na saúde pública.              Diversos estudiosos pesquisaram sobre o Brasil e suas epidemias, relacionando-as à chegada dos primeiros navegadores. Estes, impressionaram-se com o aspecto sadio dos índios. Todavia, além do interesse econômico, os europeus trouxeram diversos vícios e enfermidades, que logo difundiram-se na nossa população. Chico Buarque, juntamente com Ruy Guerra, por exemplo, introduziram essa ideia em “Fado Tropical”: “todos nós herdamos no sangue lusitano uma boa dosagem de lirismo, além da sífilis, é claro”. Nesse ínterim, é preciso entender os processos de causa, prevenção e controle, para podermos erradicar essas epidemias.        Na sua concepção, o SUS (Sistema Único de Saúde) foi criado com o objetivo de tratar as mazelas das pessoas, bem como as medidas para evitar esses problemas. A disseminação dessas epidemias atingiu – e ainda atinge - uma grande parcela da população. Com isso, o número de pessoas que necessitavam de atenção ficou cada vez mais superior à capacidade de absorção do SUS. Portanto, houve uma mudança de paradigmas do Sistema Único, em que se parou de tratar somente as consequências dessas moléstias, passando a cuidar, também, das causas. No entanto, isso foi insuficiente, tornando necessárias outras medidas concomitantes.        A partir do elencado, cabe ao Ministério da Saúde investir em programas de acolhimento nos postos de saúde, tais como palestras e encontros mensais para debates. Some-se a isso, investimentos nas escolas públicas, capacitando e valorizando os professores através de especializações acadêmicas, com o objetivo de promover uma educação de qualidade e voltada, inclusive, à manutenção da saúde.