Materiais:
Enviada em: 20/07/2018

É indubitável que as epidemias ocorrentes no Brasil configuram-se como empecilhos ao desenvolvimento da saúde pública. Apesar dos esforços governamentais, é tácito observar os índices exponentes de casos de doenças contagiosas em regiões de concentração populacional e a isolamento de áreas rurais no que tange a assistência das redes de saúde. Portanto, é necessário verificar a negligência social e analisar desigualdade do acesso ao direito de auxílio médico para classes marginalizadas, visto que despõem contra a dignidade humana e a democracia.        Primeiramente, é imperante referenciar a Revolta da Vacina ocorrente durante o Período Republicano, sendo um movimento popular contra a vacinação obrigatória motivado pela falta de informação sobre a medida preventiva. Hodiernamente, certifica-se um pensamento antivacina crescente na sociedade, visto que há um declínio na prevenção de crianças devido a relutância parental. Vale ressaltar, também, que uma parcela da população que não segue as normas sanitárias aconselhadas pelo Ministério da Saúde e dificulta a fiscalização. Nesse caso, não se pode negar o importante papel do corpo social na luta contra epidemias.        Outro aspecto a ser considerado nessa discussão é fato de que classes marginalizadas não possuem o acesso devido aos postos de saúde. No que tange essa conjuntura, pode-se afirmar que o exposto supracitado contrapõe a Constituição de 1988, uma vez que nesta é previsto a obrigação governamental de garantir o alcançe igualitário do auxílio à saúde para a toda população. Isto posto, é preciso que haja um respeito do poder público perante a legislação, promovendo a acessibilidade deste direito inalienável.       Diante dessas reflexões, buscar alternativas à resolução desse cenário é de responsabilidade governamental e social. Nessa lógica, espera-se que o Ministério da Saúde direcione verbas para a construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) nas regiões rurais e marginalizadas, visando auxiliar o maior número de indivíduos. Além disso, uma ação a ser empenhada pelo Ministério da Educação, juntamente com ONG's e órgãos públicos de saúde municipal, é estabelecer como meta a conscientização da população a respeito da importância da vacinação para erradicar epidemias do país. Assim, uma nação composta por um Estado que promove os direitos humanos e com um corpo social informado desfruta de desenvolvimento.