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Enviada em: 28/10/2018

Arquivos históricos apontam a varíola coma a primeira epidemia brasileira, hoje erradicada, foi trazida ao solo tupiniquim pelos portugueses, e ainda, em 1563, dizimou grande parcela dos índios que aqui viviam. No contexto atual, apesar de importantes avanços, o Brasil permanece apresentando números alarmantes de casos e mortes por doenças infecciosas. Dessa forma, é necessário avaliar as causas que contribuem para a manutenção e surgimento do problema, para que medidas cabíveis sejam tomadas.     Primeiramente, a questão sanitária que deveria trazer qualidade de vida aos cidadãos, no Brasil, é combustível para a eclosão de epidemias e endemias. De fato, os lixões e esgotos a céu a berto, que permeiam, sobretudo, regiões periféricas, são foco não somente de proliferação de doenças, mas também de multiplicação de vetores como aedes aegypti. Tal fator é tão agravante, que no ano de 2017, segundo dados do Ministério da Saúde, patologias intrinsecamente ligadas ao saneamento precário, custaram ao SUS (Sistema Único de Saúde) cerca de 100 milhões de reais.      Além disso, nos últimos anos, a falta de ações que impulsionem pesquisas e campanhas eficazes de imunização, corroboram para o descontrole das patologias. Atualmente, segundo dados do Programa Nacional de Imunização, o país se encontra abaixo da meta de vacinação estabelecida pela OMS -Organização Mundial da Saúde-, o que deixa a população vulnerável à contração de doenças perigosas. Ademais, os escassos investimentos nos centros de pesquisa de universidades dificultam o desenvolvimento de novas vacinas, ou até mesmo insetos transgênicos que ajudam no comabate de vetores.          Portanto, fica clara a necessidade de ações do Estado para o combate do problema. É primordial, a colaboração dos governos estaduais e municipais na busca por uma melhora no saneamento básico, realizando obras e projetos que levem o tratamento de esgoto e água, principalmente, à regiões mais pobres, além de extinguir de vez os lixões a céu aberto. É essencial ainda, por parte da esfera federal, um maior investimento nas campanhas de vacinação, e também nos centros de pesquisas das universidades, reativando programas como o "Ciência sem fronteiras" e destinando mais verbas a esses setores. Para que, assim, tais medidas possam controlar e extinguir os riscos epidemicos e endemicos que persistem desde 1563.