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Enviada em: 19/10/2018

Na Idade Média, houve um dos maiores surtos epidêmicos da história: a peste negra. Essa, foi impulsionada por diversos fatores da época, como as precárias noções de higiene e o pouco conhecimento sobre doenças. Atualmente, porém, apesar do grandioso avanço da medicina, infelizmente, epidemias ainda são muito frequentes, sobretudo em países subdesenvolvidos, como o Brasil. Entende-se, então, que esse problema é alarmante e deve receber total atenção das autoridades, tendo em vista que condena toda a população brasileira.    A princípio, é necessário analisar o papel subjetivo das questões ambientais em tal problemática. Segundo o epidemiologista José Cássio de Moraes, a urbanização desordenada de áreas rurais e o crescimento do agronegócio colaboram para o alastramento de epidemias, haja vista que os vetores da doença, após serem expulsos de seus habitats, se deslocam para o meio urbano. Ao seguir tal pensamento, torna-se nítido que, além  de desrespeitar o artigo 225 da constituição, que assegura um meio ambiente equilibrado aos cidadãos, todo esse desmatamento afeta demasiadamente a saúde de inúmeras pessoas. Em suma, a população é colocada em risco graças à irresponsabilidade de indivíduos que colocam interesses particulares acima de todos.    Ademais, a questão da desigualdade social brasileira também é um agravante. De acordo com pesquisas do IBGE, doenças que, anteriormente, estavam controladas, voltaram a assombrar a população, principalmente nas regiões norte e nordeste do país. Esses dados evidenciam o fato de que comunidades carentes não possuem contato com as devidas formas de profilaxia, o que contribui para a eclosão de inúmeras epidemias e o reaparecimento de doenças já erradicadas. Dessa forma, ao negligenciar a vida de pessoas pobres, as autoridades contribuem para uma estagnação, ou até mesmo um retrocesso, do desenvolvimento social de todo o país.    Entende-se, portanto, que as epidemias no Brasil ainda são um grande desafio. Torna-se necessário que o Ministério do Meio Ambiente aumente as fiscalizações em áreas de proteção ambiental por meio de tecnologias, como os drones, e aumente as multas sobre as pessoas que infringirem as leis, para que o desmatamento diminua. Além disso, é preciso que o Ministério da Saúde intensifique as campanhas de prevenção a doenças, principalmente em comunidades carentes. Isso pode ser feito por meio de visitas residenciais realizadas por agentes de saúde e campanhas midiáticas alertando sobre a importância da vacinação, para que, aos poucos, o povo brasileiro consiga se ver livre de tantas epidemias.