Enviada em: 27/10/2018

A doença responsável pelo óbito de 1/3 da população européia, durante a Idade Média, adveio do péssimo saneamento básico das cidades, haja vista as ínfimas medidas de higiene como a gestão de resíduos, por exemplo, deflagrando-se, assim, a Peste Negra. Análogo a isso, na atualidade, o Brasil constantemente é assolado por epidemias, seja pela negligência estatal ou civil. Nesse viés, a problemática do saneamento e desmatamento propiciam esse alarmante cenário caótico de saúde pública. Em primeira análise, vale pontuar, que com o advento da Revolução Industrial, no Brasil, a urbanização desordenada e sem preparo infraestrutural corroborou na expansão das epidemias. Nesse contexto, o acúmulo de lixo agravou-se, pois houve o crescimento urbano descompassado às políticas de higiene. Logo, patologias como a febre amarela são acrescidas, pois a infiltração da água das chuvas em locais de acumulo de lixo facilita a expansão de criadouros do mosquito Aedes. Afinal, de acordo com o site Estadão, em 2015, 1/2 dos criadouros desses mosquitos decorreu do acúmulo de lixo urbano na região sul. Além disso, deve-se salientar, a afirmativa do sociólogo Bauman, de que a modernidade líquida traz consigo a fragilidade dos laços humanos. Sob essa ótica, nota-se, o individualismo social, visto que, a expansão da agricultura, em detrimento lucrativo, tornou-se principal responsável da disseminação de epidemias como a dengue, devido ao desmatamento. Consoante, a população ainda negligencia profilaxias de redução dessa doença, visto que a falta de conscientização ainda é um problema. Diante dos fatos supracitados, espera-se a consonância entre União e Legislativo, tendo em vista a criação de leis federais que reduzam o desmatamento, estabelecendo limites aos agricultores, minimizando a expansão da dengue. É necessário ainda, que o Governo, mediante verbas públicas, investir em melhorias na gestão residual, em âmbito nacional, tendo em vista a redução de epidemias. Ademais, a mídia deve divulgar campanhas nacionais instruindo na colaboração contra essas epidemias.