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Enviada em: 02/11/2018

Por volta de 1500, as caravelas que atracaram na Bahia não trouxeram somente os portugueses. Com eles vieram doenças que até então eram desconhecidas pela população nativa, pegando seus sistemas imunológicos de surpresa e provocando epidemias que tiveram grande influência na morte de milhares de indígenas em toda a América. Hodiernamente, as enfermidades que assolam o Brasil já são velhas conhecidas, algumas outrora erradicadas, mas que mais uma vez faz necessário que se tome medidas para solucionar esse impasse.   Primeiramente, é nítido que o direito à saúde garantido na Constituição de 1988 não é uma realidade para todo o país. A decadência dos serviços públicos pode ser vista não só nas grandes filas de hospitais, onde é mais impactante, mas também nas campanhas publicitárias, como, por exemplo, o famoso "Zé Gotinha", que hoje já não é mais tão conhecido. Em decorrência desses fatores, há cada vez mais pessoas não vacinadas, ou seja, aptas a contribuir com a perpetuação da vírus e bactérias.   Além disso, é válido ressaltar também que o ditado popular, "é melhor prevenir do que remediar", nem sempre é posto em prática pelos próprios cidadãos. A caderneta de vacinação é esquecida e os locais de água parada se multiplicam, concomitantemente, o habitat natural de insetos são destruídos, contribuindo para que o homem e o transmissor se encontrem. Como resultado, já houve a necessidade de mobilização do exército para visitar as residências e realizar medidas profiláticas que podem e devem ser feitas pelos moradores, visto que as consequências recaem sobre os mesmos.  Fica claro, portanto, que é necessária a ação conjunta de vários agentes para que a Constituição seja respeitada. Primordialmente, o Ministério da Saúde junto ao Ministério da Educação deve desenvolver uma cartilha com instruções sobre como deve-se agir para minimizar riscos à saúde, divulgando-as nas escolas, propagandas na TV e redes sociais, incentivando os jovens a buscar a participação dos pais no combate, mostrando que a responsabilidade pelo bem-estar é de todos e que não há lugar para apatia. Ademais, fica a cargo do Estado financiar as pesquisas de instituições, como Butantã, Fiocruz e Unicamp, que buscam desenvolver novas vacinas para imunização dos brasileiros, e organismos geneticamente modificados que controlem as populações de vetores, como é o caso do mosquito transgênico, que ao acasalar com a fêmea gera filhotes que morrem antes da fase adulta. Assim, não haverá visitante indesejado que ponha em risco a saúde pública.