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Enviada em: 13/04/2019

O acesso à saúde pública de qualidade é um direito do cidadão e deve ser, portanto, garantida a todos. Entretanto, no Brasil, há desafios que impedem tal efetivação e são refletidos, principalmente, na hora de lidar com as epidemias.   Durante o período da República Velha, a falta de conhecimento acerca das causas e efeitos gerados pela vacinação resultaram em uma tensão social conhecida com Revolta da Vacina, na qual a população do Rio de Janeiro rejeitou as propostas de melhoria na saúde, propostas pelo então sanitarista Oswaldo Cruz. De forma análoga, entre os anos de 2017 e 2018, houve um surto de febre amarela na região sudeste e logo se alastrou para outros estados, tornando-se uma epidemia. Isso aconteceu porque várias pessoas deixaram de se vacinar corretamente, visto que o desconhecimento sobre os reais benefícios dessa imunização atrapalha a devida prevenção.   Paralelamente a isso, há, também, o fato de que a sensação de segurança faz com que a população se acomode. Ou seja, o processo constante de vacinação resultou, a longo prazo, na erradicação de algumas doenças endêmicas, como o sarampo e a varíola. Com isso, as pessoas tendem a se preocupar menos com os períodos de vacinação não só das crianças, mas também dos próprios adultos. Dessa forma, a negligência gerada pela despreocupação com os possíveis riscos de contrair as doenças traz consequências negativas à sociedade. Basta ver os casos de reincidência do sarampo iniciadas na região norte do país e, posteriormente, no sul e sudeste.   Logo, a fim de amenizar os problemas enfrentados pelo Brasil, é necessário que o Ministério da Saúde, juntamente com as instituições educacionais, promova palestras ensinando a população acerca do processo contínuo de vacinação, advertindo-a sobre as consequências da não-imunização; além da ampliação das campanhas de vacinação para os setores de risco da sociedade.