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Enviada em: 11/04/2019

As barreiras para enfrentar surtos de doenças infectocontagiosas em todo o Brasil, estão relacionadas à prevenção e aos cuidados pós contaminação. Tendo em vista que são diversos os desenvolvimentos dos agentes etiológicos e a difusão das doenças, a questão possui complexidade relativa à forma de encarar essas mazelas. Tais questões envolvem a necessidade de melhorias na educação da população sobre higiene, transmissão e imunização, além do desenvolvimento da gestão pública de saúde e saneamento.       Em primeiro lugar, as epidemias surgem devido à invasão do homem ao habitat de micro-organismos que antes não tinham contato com o ser humano, e, de forma mais atual, por causa da globalização. Após estudos sobre a doença, são desenvolvidos métodos de diagnóstico precoce, fundamentais para sobrevivência do paciente. Contudo, no Brasil, existe o problema de superlotação dos leitos públicos, que inviabiliza a efetivação desse suporte em quantidade necessária diante do surto. Segundo a Confederação Nacional dos Municípios, em 2018, existiam 2,1 leitos para cada mil habitantes, número menor que o mínimo recomendado pelo Ministério da Saúde que seria 2,5.       Após a ocorrência da mazela, com o objetivo de evitar seu retorno, é realizada a vacinação da população. Entretanto, após o período de alerta dos cidadãos quanto a doença, os índices de imunização vão reduzindo e as crianças que nascem posteriormente correm maior risco de serem infectadas. Atualmente, o país vive o menor índice de vacinação nos últimos 16 anos, de acordo com o Programa Nacional de Vacinações. Tal fato decorre, principalmente, da disseminação entre os brasileiros de mitos relacionados ao ato e da falta de percepção da população sobre os perigos da doença, uma vez que esta estava estabilizada.        Outro ponto importante relacionado à gestão de epidemias no Brasil é a prevenção de doenças que não possuam vacina para combatê-las, através da redução da reprodução de vetores ou da contaminação e transmissão. Tal questão envolve a necessidade de ampliação tanto do saneamento básico no país, para evitar o contato das pessoas com fezes e urinas contaminadas, quanto do conhecimento da população sobre educação sexual e ambientes propícios à reprodução dos vetores.       Desse modo, com o objetivo de melhorar a forma como o Brasil lida com as epidemias, o Ministério da Saúde pode realizar campanhas de conscientização sobre a importância da vacinação. Elas conteriam informações sobre como ocorre essa imunização no organismo e as consequências que as doenças trazem. É importante a divulgação na internet, não só na televisão, para comunicar um grande número de pessoas e evitar o retorno de surtos.