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Enviada em: 01/05/2019

No período anterior à Constituição Federal de 1988, o sistema público de saúde do Brasil detinha de muitas problemáticas. No entanto, apesar da criação do SUS — que garantiu a saúde um direito de todos os cidadãos —, o atual panorama da saúde pública ainda enfrenta muitas adversidades, sendo uma delas a erradicação das doenças epidêmicas, uma das causadoras da mortalidade da população. Em vista disso, torna-se necessária a implementação de medidas que resolvam tais impasses.  Em primeiro plano, a presença de falhas no Sistema Único de Saúde dificultam o combate das epidemias. A esse respeito, a falta de investimentos por parte do Orçamento público torna inviável a melhoria dos programas já existentes, como o de vigilância sanitária e o de imunizações — responsáveis por serviços que combatam os fatores de risco prejudiciais à saúde da população. Além disso, o mau gerenciamento das Unidades Básicas de Saúde, responsáveis por atender, segundo o Ministério da Saúde, 80% dos problemas de saúde dos habitantes,  sobrecarregam as unidades de média e alta complexidade, o que acarreta em filas de espera mais longas para consultas médicas, e, como consequência, o tratamento de doenças infectocontagiosas torna-se muito mais demorado.  De outra parte, a negligência dos cidadãos a cerca das questões ambientais agravam a proliferação de doenças. Nesse contexto, o acúmulo de lixo e o armazenamento de água irregular contribuem para a reprodução de vetores causadores de moléstias, como a dengue, chikungunya, zika vírus e também a febre amarela. Diante disso, o índice de contágio dessas enfermidades, segundo dados do Ministério da Saúde, aumentou para 339,9% em relação ao ano de 2018, tendo como causador o aumento das chuvas e de reservas irregulares de água, que tornam mais fáceis a propagação do vetor Aedes Aegypti. É evidente, portanto, que existem desafios na saúde pública para lidar com as epidemias no Brasil. Dessa forma, é necessário que o Governo Federal destine uma maior parcela do Orçamento Público à saúde, a fim de haja maiores recursos para suprir às demandas da população nos serviços básicos de saúde, sem que os mesmos tenham que aguardar um longo período para terem uma consulta ou tratamento médico. Além disso, o Ministério da Saúde, em parceria com os meios midiáticos, deve instaurar campanhas conscientizadoras ressaltando a importância do cuidado com o armazenamento de água e lixo, a fim de evidenciar o impacto que estes causam no meio ambiente e também na propagação de enfermidades contagiosas. A partir dessas ações, a saúde pública estará mais preparada e a sociedade mais conscientizada para lidar e evitar o surgimento de novas epidemias.