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Enviada em: 09/06/2019

No limiar do século XXI, o sistema de saúde aparece como um dos setores mais importantes para o desenvolvimento da sociedade. É mediante tal questão que um país cresce e desenvolve-se, o que contribui para a qualidade de vida da população. No entanto, é indispensável salientar que, por omissão do poder público, muitas doenças receberam a titulação de epidêmicas - como a dengue e a microcefalia. Nesse contexto, a falta de investimentos para o Sistema Único de Saúde (SUS) aparece como uma das causas da problemática. Diante disso, vale discutir a insuficiência da administração pública e a importância da educação para com a promoção da saúde no Brasil.     Em uma primeira abordagem, é fundamental destacar que a Constituição Federal de 1988 garante saúde de qualidade para todas as pessoas. Todavia, o poder público falha na efetivação desse direito. Consoante a Aristóteles no livro "Ética a Nicômaco", a política serve para garantir a felicidade dos cidadãos, porém, o que observa-se no Brasil é uma deturpação desse conceito. A partir dessa linha de raciocínio, observa-se que a ocorrência de muitos casos de dengue em um curto período de tempo sinaliza para a ineficiência da saúde pública promovida pela União. Isso acontece, porque, segundo estudos da Organização Mundial da Saúde (OMS), as medidas profiláticas não são estimuladas pelos governos estaduais e municípios, o que dificulta o combate a essa enfermidade - uma vez que os vetores da doença apresentam ciclo reprodutivo bastante elevado.     Outro ponto em destaque - nessa temática - é a relevância da educação para o desenvolvimento da nação. Diante desse pensamento, o educador Paulo Freire sustenta a ideia de que, se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, sem ela tampouco a sociedade muda. Logo, é imprescindível que políticas públicas sejam realizadas no sentido de evitar o aparecimento das doenças. Na contramão desse cenário, dados do Instituto de Pesquisa de Campinas indicam que as parcelas mais pobres da sociedade são as mais afetadas, isso porque há pouco ou inexistente conhecimento acerca das medidas profiláticas. Além disso, nessa pesquisa, as populações que precisam armazenar água em decorrência da seca também são relacionadas com a maior incidência dos casos de doenças epidêmicas, como a dengue, a microcefalia e a "chikungunya".     Fica evidente, portanto, que medidas são necessárias para combater as epidemias no Brasil. Cabe ao Ministério da Saúde solicitar o direcionamento de, pelo menos, 15% das arrecadações das prefeituras para os postos de saúde. Nesse locais, os agentes de saúde deverão promover mutirões para propagar o conhecimento acerca das medidas profiláticas. Com isso, a ocorrência de epidemias e o sobrecarregamento do SUS irão diminuir e, por conseguinte, mais vidas poderão ser salvas.