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Enviada em: 27/05/2019

No filme Contágio, lançado em 2011, é retratado a vida da humanidade após a expansão de um vírus desconhecido, que tem capacidade de se multiplicar rapidamente e contaminar pessoas de forma acelerada, causando, assim, um surto de uma epidemia que vitimiza milhares de pessoas. Fora da ficção, essa realidade está presente desde os primórdios, a exemplo da epidemia da Peste Negra, na Idade Média e o surto da Gripe Espanhola, no século XX, o que demonstra o desenvolvimento de uma crise social e a inabilidade estatal em dirimir essa problemática.        Em primeiro lugar, cabe abordar as epidemias mais graves que atingem o Brasil. Como exemplo, pode-se mencionar as doenças causadas pelo vetor Aedes Aegypti, o qual ocasiona Febre Amarela, Dengue, Chikungunya e Zyka Vírus. No entanto, mesmo diante das vacinas, que já erradicaram inúmeras doenças desde o seu desenvolvimento, a exemplo da Varíola, segundo pesquisas, a criação de uma vacina para essas doenças epidêmicas encontra diversos entraves, tendo em vista os diferentes subtipos da patologia, assim como a alta atividade mutagênica do vírus causador. Com efeito, a população permanece vulnerável a essas doenças, que causa um grave problema de saúde pública no País.        Além disso, cabe abordar as ações humanas e governamentais que potencializam o aumento dos índices das doenças causadas pelo Aedes Aegypti. Nesse contexto, vale-se mencionar o desmatamento, que destrói habitats de espécies transmissores dessas doenças e força os vetores a migrarem para os centros urbanos, que possuem um maior contingente populacional. Essa situação, por sua vez, é fomentada pela Indústria Cultural e o sistema capitalista que, segundo Adorno e Horkheimer, ocasiona a crise da razão e a perda da autonomia consciente nos indivíduos, tendo em vista que esses priorizam os aspectos econômicos e negligencia as consequências de seus atos para a sociedade.        Faz-se mister, portanto, que haja um esforço contínuo federativo em busca do fim das epidemias e suas consequências no meio social. Dessa forma, cabe ao Poder Público incentivar pesquisas científicas nas universidades, por meio do uso correto de verbas governamentais, com o intuito de criar vacinas que atendem todos os subtipos das doenças epidêmicas, no Brasil, causadas pelo Aedes Aegypti, a fim de dirimir essas patologias e melhorar a qualidade de vida da população. Além disso, cabe ao Governo atuar na proteção das áreas florestais, por meio do financiamento da polícia ambiental, a fim de impedir o desequilíbrio ocasionado pelo desmatamento e, assim, erradicar as epidemias e seus efeitos no meio social.