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Enviada em: 28/05/2019

De acordo com a Biologia, área que estuda os seres vivos e suas relações com o meio ambiente, uma doença para ser caracterizada como endêmica deve apresentar número de casos superior ao relatado em um período curto de tempo, denominada faixa endêmica. No Brasil, existem áreas endêmicas. A título de exemplo, pode ser citada a febre amarela comum na Amazônia. No período de infestação da doença, as pessoas que viajam para tal região precisam ser vacinadas. A dengue é outro exemplo de endemia, pois são registrados focos da doença em um espaço limitado, ou seja, ela não se espalha por toda uma região, ocorre apenas onde há incidência do mosquito transmissor da doença, representando um problema para a sociedade, pois são diversos os fatores que levam a essas doenças.         Nessa ótica, verifica-se que o grande problema para doenças é o vetor e que ele só se prolifera em ambientes favoráveis. Nos casos das epidemias: Febre Amarela, Dengue, Zeca e Chicungunha, são doenças que tem como vetor o mosquito da Dengue Aedes aegypti, que se desenvolve em contato com água parada. No Brasil de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 70% das cidades brasileiras não tem política de saneamento básico, intensificando ainda mais a proliferação dessas doenças. A Lei 11.445, que dispõe sobre diretrizes nacionais para o saneamento básico, determina que todas as cidades devem elaborar seus respectivos planos municipais.        Ademais, o descarte incorreto de lixo é outro fator que agrava as doenças endêmicas e a proliferação dos vetores, de acordo com o IGBE, aproximadamente 43% das cidades brasileira não possuem nenhum tipo de planejamento para coleta seletiva do lixo, mostrando um panorama assustador do descaso por parte dos órgãos públicos no Brasil. O descarte incorreto potencializa os criadouros do mosquito, pois garrafas, latinhas, entulhos e pneus por exemplos são deixados a céu aberto, facilitando seu desenvolvimento.        Por tanto, fica clara a relação das doenças endêmicas com o descaso dos órgãos públicos nas três esferas, em relação ao saneamento básico, pois não cumprem o disposto na Lei 11.445. Ademais a falta de planejamento em relação à coleta seletiva do lixo intensifica essas doenças. Cabe a população se conscientizar em relação ao descarte seletivo, é necessário que haja campanhas e veiculação de informações em meios de comunicação com explicações de como fazer e incentivos para que isso ocorra de forma organizada. Por fim, cabe a população lutar por seus direitos, indo até aos órgãos competentes exigir o cumprimento dessa Lei, e após execução, fiscalizar as obras e exigir seu cumprimento.