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Enviada em: 08/06/2019

No século XIV, a Europa foi assolada pela epidemia de peste bubônica. Devido ao péssimo estado de higiene sanitária da época, a doença se alastrou e dizimou um terço da população. Hodiernamente, lidar com epidemias ainda é uma realidade no Brasil. Devido desastres ambientais e precárias condições sanitárias nas grandes cidades, surtos de enfermidades antes, quase erradicadas, voltam a ser pauta.       Primeiramente,é importante lembrar o impacto ambiental e socioeconômico do desastre de Mariana, em 2015, e mais recentemente, o de Brumadinho, em 2019. A contaminação dos Rios, pelos dejetos das barragens da mineração, gerou a morte de muitas espécies responsáveis por predar insetos, ocasionando aumento da população destes. Não tardou haver surtos de dengue na Região de Minas Gerais, que de nenhum caso antes de 2015, passou para mais de 3 mil casos registrados, segundo a FioCruz.       Um outro agravante das epidemias no Brasil é a condição rudimentar da higiene sanitária das ocupações urbanas, que ainda hoje, utilizam de cisternas e esgotos a céu abertos por não dispor de encanamento de esgoto. Conforme estudo publicado pelo G1, 91% dos esgotos das 100 principais cidades brasileiras não são coletados. Essa situação proporciona um vasto reservatório de hospedeiros de doenças, expondo a população à altos riscos de contaminação.       Tendo em vista a problemática expostas, verifica-se a urgência de solucioná-la. Para tal, o Governo Federal, em parceria à empresas de tratamento de esgoto deve investir no saneamento básico das ocupações urbanas, com o fito de eliminar possíveis focos de doenças. Outrossim, o estudo dos efeitos dos recentes desastres ambientais se faz necessário para compreender de quais maneiras é possível reverter a situação.  Para isso, o MEC pode ampliar o incentivo à pesquisas cientificas nas Universidades do país, a fim de que haja o engajamento da comunidade acadêmica nacional nos debates de saúde pública. Medidas como essa, a longo prazo, contribuirão para a sanção da problemática das epidemias.