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Enviada em: 04/06/2019

Em 1988, Ulysses Guimarães promulgou a Carta Magna e estabeleceu que a saúde deveria ser garantida a todos. Entretanto, as epidemias recentes mostram que a promessa de Guimarães ainda não é realidade no Brasil. Com efeito, o descaso do Estado e a ineficiência das campanhas de vacinação brasileiras.      A princípio, a omissão das autoridades inviabiliza as políticas de saúde pública vigentes. A esse respeito, no século XVIII, o filósofo John Locke desenvolveu o conceito de Contrato social, segundo o qual indivíduos cedem sua confiança para o estado, que, em contrapartida, deveria garantir o tratamento e diagnóstico de doenças aos cidadãos. Ocorre que as autoridades se mostram inaptas de assegurar que a população tenha um acesso razoável a hospitais e atendimento de qualidade, o que vai de encontro com a proposta de Locke e evidencia a negligencia e o descaso do poder público. Assim, não é razoável que o direito à saúde pública, previsto no século XVIII, ainda não seja realidade na geração contemporânea.       De outra parte, o "Movimento Antivacina" tem crescido em diversos lugares do mundo, diminuindo a eficácia das campanhas de vacinação e dificultando o controle de epidemias. Nesse viés, Oswaldo Cruz - médico bacteriologista - trouxe a primeira campanha no início do século XX para profilaxia da varíola. Apesar de haver uma imposição compulsória para que a população se vacinasse, o ato foi ineficiente e resultou num levante conhecido como "Revolta da vacina". Ainda nos dias atuais, essa forma de prevenção não chega a parte substancial da sociedade que, sem instrução, não acredita em seus efeitos e a entende como uma forma de contrair a enfermidade. Enquanto a população não se inteirar do assunto, o povo brasileiro continuará a conviver com o problema das epidemias no cenário do país.       Portanto, é preciso resolver a problemática. Seguindo os ensinamentos de Isaac Newton, um corpo tende a permanecer como está até que uma força externa atue sobre ele. O Ministério da Saúde deve ampliar os programas de vacinação com campanhas em linguagem acessível  - para melhorar a compreensão da população em geral - durante toda a estadia escolar e de faculdade,  por meio de palestras e dinâmicas ministradas por profissionais da saúde, a fim de desconstruir a imagem negativa sobre o tema e extinguir as epidemias por meio da prevenção das mesmas.