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Enviada em: 01/06/2019

A Constituição Federal de 1988, em seu 5° artigo, afirma que todo cidadão tem o direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade. Todavia, a eclosão de diversas epidemias no território brasileiro, causada pela apatia da população e pelo descaso estatal com a temática, demonstra a contradição presente nos desafios que devem ser superados para se alcançar um sistema de saúde pública nacional de qualidade. Sendo assim, é necessária a reversão de tal panorama.        Em primeira instância, durante o século XIV, devido à falta de instrução e desmazelo da sociedade feudal em relação à segurança sanitária, propiciou-se a chegada da Peste Negra, uma pandemia que abalou todo o continente europeu. Nesse sentido, observa-se que não houve uma mudança de cenário, pois a recorrente ocorrência de epidemias, como a dengue, em que o vírus atacou grande parcela da capital de Minas Gerais no início de 2019, permanece sendo tratada com indiferença. Dessa forma, é de suma importância o auxílio da mídia para encontrar meios de propagar com mais eficácia, dentro das comunidades, a magnitude do reconhecimento e do interesse pelas medidas protetivas ditadas pelos postos de saúde, para que haja uma significativa diminuição das taxas de contágio e, consequentemente, das epidemias no Brasil.       Em segunda instância, na década de 80, o maior desastre radioativo estava prestes a acontecer, Césio 137, o qual atingiu uma centena de pessoas. Tal acontecimento pode ser comparado com as epidemias, ao passo que o descuido com o descarte do lixo atômico em 1987 e as crises epidêmicas do século XXI têm em comum o descaso estatal com o bem-estar da população. O texto de apoio I explicita a gravidade da microcefalia infantil no estado do Nordeste, sendo que a causa é a infecção por zika-vírus, que pode desenvolver uma falha no cérebro da criança. Desse modo, são necessárias ações do Governo para estabelecer normas rigorosas e eficientes voltadas para a segurança sanitária e saúde pública de acordo com as características de cada região brasileira, a fim de conquistar maior proteção aos indivíduos.       Urge, portanto, para lidar com as epidemias nacionais, a atuação imediata do Ministério da Educação, em parceria com as escolas, com a inserção de uma disciplina voltada para o cuidado com doenças e a importância da higiene, que poderá ser trabalhada de forma integral, durante o período da tarde, a fim de ensinar as crianças a construir uma nação qualificada. Paralelamente a isso, o Ministério da Saúde, em parceria com os vereadores, deve abrir espaço no departamento para que jovens e pesquisadores publiquem ideias de políticas públicas mensais focadas na melhora da saúde pública brasileira e coloquem em prática, buscando, por fim, arquitetar uma nação capacitada e preparada.