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Enviada em: 04/06/2019

Em 2018, a chegada de venezuelanos à Região Norte “coincidiu” com aparecimento (e surto) de doenças já erradicadas no país, como, por exemplo, a malária e o sarampo. Todavia, embora o Brasil apresente políticas de nível intermediário em relação à saúde pública – postinhos, SUS, centros de tratamento etc. -, o governo não desfruta dos meios necessários (aparelhos e educação social) para prevenir e tardar epidemias, o que se deve a fatores como o rompimento de políticas ambientais e o desconhecimento de direitos e programas de saúde vindo de populações carentes.   A princípio, vale ressaltar que a destruição dos ecossistemas (habitat e nicho) impulsiona o crescimento de doenças transmitidas por mosquitos. A quebra da homeostase local gera um desequilíbrio na temperatura ambiente e esta, por sua vez, tende a aumentar favorecendo a reprodução dessas espécies e o desaparecimento de outras (mamíferos, aves, répteis). Uma vez que os “alvos” desses insetos não se encontram presentes em determinado local, esses artrópodes, portadores de algum vírus, vão para outros lugares a procura de novas “vítimas” até, enfim, atingirem ambientes ocupados por seres humanos e propagarem doenças.    Ademais, outro fator que contribui para o alojamento de epidemias é a negligência governamental em relação às comunidades precárias. Estas apresentam indivíduos que vivem, na maioria das vezes, expostos a condições insatisfatórias de saneamento básico, higiene e moradia, além da convivência em locais com água e solo contaminados. Outrossim, parcela dessas pessoas nunca tiveram acesso à “educação social” e poucos são os que têm algum tipo de informação (televisão, rádio, internet) a quesitos relacionados a campanhas de saúde e/ou vacinação e conhecimentos prévios sobre doenças na região, medidas de profilaxia e tratamento.    Infere-se, por conseguinte, medidas necessárias para resolver o impasse. É de urgência que o governo, em parceria com os Ministérios da Educação e Saúde promovam medidas de restruturação na base escolar e nas unidades primárias de tratamento, por meio da inserção de aulas destinadas, desde o ensino fundamental, a doenças, vacinação e saúde pública como, também, a importância da preservação dos ecossistemas e a sua influência em termos relacionados a enfermidades e epidemias. Além disso, é fundamental incluir nas comunidades (priorizando as carentes) palestras frequentes, direcionadas por profissionais da saúde, que visem alertar e transmitir conhecimentos sobre doenças e saneamento básico no intuito de conscientizar a comunidade sobre o alojamento de doenças e prevenção social.